Diretor-geral da PF diz que filho de escrivã morto no PA reagiu e ‘não houve equívoco de endereço ou de pessoas’
Foto: Reprodução | Andrei Rodrigues, da PF, disse que Marcello Victor, de 24 anos, não era alvo da operação, mas reagiu à ação dos policiais federais dentro de apartamento durante cumprimento de mandado de prisão.
O alvo da operação era outro Marcelo, investigado por envolvimento com grupo de extermínio.
O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, disse nesta sexta-feira (10) que “não houve equívoco de endereço ou de pessoas” na ação que terminou com a morte do jovem Marcello Victor Carvalho de Araújo, de 24 anos, em Belém.
Marcello é filho de uma escrivã da Polícia Civil do Pará e também trabalhava na corporação, na parte administrativa. Ele não era alvo da operação da PF. O corpo dele foi sepultado pela manhã.
A escrivã disse que o filho se identificou como Marcello no momento da operação e que “o alvo seria o outro Marcelo”. “É um rapaz que eu tenho um relacionamento com ele, afetivo. Ele estava na minha casa no quarto comigo”.
Já segundo o diretor, “a ação ocorrida foi dentro do sistema de justiça criminal, a partir de mandado de prisão, contra um principal alvo da investigação da PF, cujo mandado foi expedido pela Justiça Federal” e a “equipe cumpriu mandado de busca e apreensão na residência do investigado”, que era Marcelo Rabelo, investigado por envolvimento com grupo de extermínio.
“Estranhamente nessa noite o investigado não foi para a sua residência e foi para a residência de uma terceira pessoa. Nossa equipe identificou e na manhã seguinte deu cumprimento ao mandado no local onde o efetivo e real alvo da operação estava localizado. Nós fomos ao endereço onde o alvo estava localizado, mas infelizmente houve uma reação de um morador da residência”, disse.
Ainda segundo o diretor, Marcello “agrediu violentamente um policial que foi levado ao hospital, que fez exame de corpo de delito” e também “tentou tomar a arma de um outro policial, e a equipe teve que atuar e a ação levou o cidadão a óbito”.
Já a família reclamou da abordagem da PF e disse que o corpo permaneceu por cerca de cinco horas no local da morte até a liberação para o IML.
O sepultamento da vítima foi em um cemitério em Marituba, acompanhando por familiares e amigos.
“Vivia para o trabalho, os esportes, jogos de vídeo game e vivia para a mãe, seu cachorro Ares e seu 2 gatinhos: Robby e Yuta”, disse ao g1 a tia dele, Ana Carolina Carvalho, tia do Marcello.
Filho de escrivã da Polícia Civil é morto durante operação da PF em apartamento em Belém
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A morte de Marcello foi na quarta-feira (8) quando a Polícia Federal procurava por Marcelo Pantoja Rabelo, namorado da mãe da vítima e que estava no mesmo apartamento. Segundo a PF, Rabelo, conhecido como “Marcelo da Sucata”, é suspeito de chefiar um grupo de extermínio. Ele foi preso.
Operação Eclesiastes
A ação fez parte da Operação Eclesiastes, deflagrada pela Polícia Federal para combater o tráfico internacional de drogas e a lavagem de dinheiro.
Segundo a corporação, o grupo investigado movimentou mais de R$ 1 bilhão e usava embarcações pesqueiras para o transporte de entorpecentes.
Ao todo, foram cumpridos 19 mandados de prisão preventiva e 30 de busca e apreensão em municípios da Região Metropolitana de Belém.
Família diz que corpo ficou 5 horas no local
Segundo a família, a perícia inicial foi feita pelos próprios policiais federais, sem a presença da Polícia Civil. Parentes também dizem que a mãe dele, uma escrivã da Polícia Civil, foi levada pelos agentes e impedida de ver o corpo do filho.
Em nota enviada ao g1, a PF informou que os disparos ocorreram após o jovem “investir contra um policial federal, desferindo um soco em seu rosto e tentando tomar-lhe a arma de fogo”.
A corporação afirma que os tiros foram efetuados para conter a ação e que o jovem recebeu atendimento no local, mas não resistiu aos ferimentos.
O alvo principal da operação, Marcelo Pantoja Rabelo, foi preso. Segundo a PF, ele é líder de um grupo de extermínio com atuação no Pará.
A família diz ainda que a própria PF teria feito a perícia inicial no local, sem permitir a entrada da Polícia Civil, e questiona a isenção da apuração.
“Eles mesmos mataram, executaram meu sobrinho e fizeram a perícia. A Polícia Civil não pôde entrar”, afirmou Ana Carolina.
Segundo a promotora Ana Maria Magalhães, tia-avó do jovem, o corpo de Marcello foi examinado por um perito da PF vindo de Brasília, com acompanhamento de técnicos estaduais, na Polícia Científica do Pará.
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Fonte: G1 Pará e TV Liberal — Belém e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 10/10/2025/16:30:24
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