‘Nas eleições de 2026, os indígenas vão surpreender o Brasil’, diz secretária do Pará

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Foto: Reprodução | Em entrevista para a ONU News, em Nova Iorque, em abril, ela afirmou que a sociedade precisa dar mais oportunidade para este grupo.

A secretária de Estado dos Povos Indígenas do Pará, Puyr Tembé, acredita que as eleições do ano que vem serão uma “virada de chave” para o Brasil e para o mundo, em relação à participação de povos indígenas na política.

Em entrevista para a ONU News, em Nova Iorque, em abril, ela afirmou que a sociedade precisa dar mais oportunidade para este grupo, tendo em vista o papel que ele desempenha na proteção do planeta e no bem-estar de todos.

Protagonismo das mulheres indígenas

“Eu acho que em 2026, a gente vai surpreender o Brasil. Os povos indígenas vão surpreender e a gente mostra isso positivamente nas últimas eleições, com quantas candidaturas de mulheres indígenas saíram a prefeitas, a vices, a vereadoras. Então é um saldo positivo de que nós estamos furando uma bolha, mostrando que somos capazes, sim. A gente quer mostrar que é possível estar no Legislativo. É possível estar no Executivo. É possível, sim, construir um país com a nossa participação, com o nosso protagonismo”.

Puyr Tembé compartilhou que a ONU teve um papel importante na formação de novas lideranças indígenas femininas no Brasil, incluindo ela mesma.

A secretária de Estado explicou que por meio do programa “Voz das Mulheres Indígenas”, implementado pela ONU Mulheres, surgiu um movimento do qual fizeram parte a hoje ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, e a deputada federal Célia Xakriabá, entre outras lideranças.

“Nós éramos 15 mulheres naquele projeto e daquele projeto nasceram sonhos. Nasceram esperanças e sonhos que foram realizados. A gente é um grupo de mulheres que fundou a organização da Anmiga, a Articulação Nacional de Mulheres Indígenas Guerreiras da Ancestralidade, que tem como pauta furar bolhas que nunca foram furadas e que a gente enxerga que é hora também das mulheres, cada vez mais, não só se empoderar, mas é também ocupar esse lugar. Eu sou fruto de um trabalho que a gente desenvolveu desde 2012 pra cá, muito antes. Mas aí a gente entra no processo do Voz das Mulheres Indígenas, que graças a Deus foi um projeto bem interessante, pautado pela ONU Mulheres e que deu super certo”.

Coragem de levantar todos os dias apesar de preconceitos

Ela espera ver mais mulheres indígenas não somente ocupando a política, mas também avançando em pautas como garantia de direitos para a população feminina e combate à violência de gênero.

Puyr Tembé contou que não se considerava “preparada” para o cargo de secretária, mas aceitou o desafio porque desde 2007 os povos indígenas do Pará demandavam a criação de uma Secretaria.

Ela destacou que mulheres indígenas na política sofrem com racismo estrutural, preconceito e violência psicológica, mesmo assim têm a “coragem de levantar todos os dias” para cumprir suas funções.

Na região norte do Brasil já existem secretarias ou departamentos de povos indígenas em todos os sete Estados. Há pouco tempo, apenas o Amazonas e o Amapá possuíam essa pasta. Nos últimos anos, Pará, Roraima, Tocantins, Acre e Rondônia também criaram esse espaço de representação.

A líder da pasta no Pará espera que cada vez mais mulheres ocupem essas posições e criem políticas públicas duradouras, que não sejam abaladas com mudanças de governo e sirvam de referência para gerações futuras.

Fonte: Roma News e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 03/06/2025/09:03:24

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