Cabo da PM é condenado a 16 anos de prisão em Belém

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Um cabo reformado da Polícia Militar foi condenado a 16 anos de prisão pelo crime de homicídio simples praticado contra Elielson de Matos Barbosa. Segundo o Tribunal de Justiça do Pará (TJPA), sete jurados da 1ª Vara do Júri de Belém reconheceram que o PM foi autor do crime. A pena deve ser cumprida em regime inicial fechado, na penitenciária destinada a servidores públicos do Estado, Coronel Anastácio das Neves, localizado em Santa Izabel do Pará.

De acordo com a acusação, o crime ocorreu por volta das 20h do dia 10 de setembro de 2011, na praça central do município de São Sebastião da Boa Vista, região das ilhas, no Pará.

Elielson de Matos Barbosa agrediu fisicamente a ex-namorada, quando a guarnição policial de três integrantes que fazia a segurança no local abordou o agressor, ordenando que ele acompanhasse a equipe até o destacamento policial para explicar o porquê da agressão.

No trajeto que fazia a pé ao lado dos PM’s, Elielson empreendeu fuga, correndo. Dois policiais permaneceram na praça central, tendo o cabo Antonio Marcos iniciado a perseguição com a ajuda de um mototaxista que estava próximo.

Ao alcançá-lo efetuou um único disparo de pistola, atingindo a nuca de Elielson, que morreu na hora.  A população revoltada com a atuação do policial resolveu depredar e incendiar as instalações da PM, sob gritos de protestos. Por este motivo, o Juízo da Comarca requereu o desaforamento do júri para Belém.

Júri
Segundo o TJPA, este é o segundo júri do PM. O primeiro ocorreu em 2014, quando os jurados acataram a tese da defesa de que o policial praticou homicídio culposo, sem intenção de matar. A promotoria recorreu da decisão e por unanimidade os desembargadores da 3ª Câmara Criminal Isolada, deram provimento ao recurso e anularam o júri anterior remetendo o caso a novo júri popular.

Em interrogatório, o réu declarou que saiu em perseguição à vítima e que ao se aproximar na garupa do mototaxista, retirou a arma para lhe aplicar uma coronhada, mas a arma disparou atingindo Elielson Barbosa na nuca. Além de Antonio, mais três testemunhas foram ouvidas, porém nenhuma delas afirmou ter visto o PM aplicando a coronhada em Elielson Barbosa, tendo o laudo comprovado que o tiro na nuca foi a pouca distância.

G1PA  

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