Semas inicia construção coletiva do programa de prevenção e combate a queimadas
(Foto: Divulgação/ Ascom Semas) – A Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Clima e Sustentabilidade (Semas) iniciou a Oficina do Plano Operativo Anual (POA) do Programa Estadual de Prevenção e Combate às Queimadas e Incêndios Florestais (PEPIF), no Centro de Treinamento da Semas Bosque, em Belém.
O objetivo da ação, que começou na segunda-feira (4) e segue até esta quarta-feira (6), é alinhar conceitos, diretrizes e responsabilidades institucionais relacionadas à prevenção e ao combate às queimadas e incêndios florestais no Estado do Pará, além de construir, de forma participativa, o Plano Operativo 2025 do PEPIF e as Diretrizes do Subprograma de Brigadas.
Durante a abertura do evento, na segunda-feira, o secretário de Meio Ambiente, Clima e Sustentabilidade, Raul Protázio Romão, destacou que o Pará está adotando uma postura mais robusta, sem alterar o rumo das ações já existentes, mas fortalecendo-as. “Estamos hoje, neste seminário, construindo conjuntamente o plano operacional do Programa de Prevenção e Combate de Incêndios Florestais do Estado do Pará.
Queremos entender as experiências de todos os colaboradores para enfrentar os novos desafios climáticos, que tornaram nossas florestas mais vulneráveis ao fogo”, explicou o secretário.
O PEPIF foi instituído por decreto em junho de 2025, a pedido do governador Helder Barbalho, com o objetivo de planejar, monitorar e executar as ações governamentais para a prevenção e o enfrentamento dos incêndios florestais. Entre as inovações importantes, destaca-se a criação de brigadas civis para reforçar o trabalho do Corpo de Bombeiros, agilizando a resposta em campo.
Ações participativas fortalecidas
“Esse programa simboliza um passo adiante na estratégia de proteção que tem sido bem conduzida pelo Corpo de Bombeiros do Pará, sobretudo através da Operação Félix. O ano de 2024 nos mostrou o quanto nossas florestas estão mais vulneráveis ao fogo, por isso, é necessário ampliar nossa atuação. Não estamos mudando de direção, mas fortalecendo o caminho que já estamos trilhando, com a construção colaborativa das ações”, informou Raul.
O programa conta com o apoio do governo do Mato Grosso, que compartilha suas experiências no combate e prevenção a incêndios florestais para a construção coletiva do programa do Pará.
“O Mato Grosso cresceu muito com investimentos em bases aéreas, metodologias e geoprocessamento. Temos bem definidas as quatro colunas de enfrentamento dos incêndios: prevenção, preparação, resposta e responsabilização. Além disso, o Corpo de Bombeiros atua como órgão fiscalizador e combatente de ilícitos ambientais ligados ao uso irregular do fogo. Acredito que, com a experiência do Mato Grosso, junto à vontade e experiências do Pará, todos aprenderemos e compartilharemos saberes”, afirmou o coronel Dércio Santos, secretário executivo do Comitê Estadual de Gestão do Fogo em Mato Grosso.
Investimento – Foi lançado um edital de chamamento com a lista de equipamentos necessários para equipar cerca de 200 brigadistas, com o objetivo de dialogar com o setor privado sobre a importância de apoiar o combate aos incêndios florestais.
“Espera-se que, com esta oficina, possamos alinhar nossas estratégias de resposta no período de estiagem, buscando entender o que as secretarias do governo têm realizado e planejado para prevenção e resposta nessa fase. Também apresentaremos nosso planejamento. Pretendemos alinhar ainda mais as ações e verificar se estamos no caminho certo, para deixar um plano bem estruturado para o governo e a população do Estado do Pará”, enfatizou o Tenente Leonardo Santos, chefe da Sala de Informações e Monitoramento de Desastres da Defesa Civil.
Na segunda-feira, a atividade contou com apoio e participação do Corpo de Bombeiros Militar do Pará (CBMPA), Secretaria de Estado dos Povos Indígenas do Pará (SEPI), Secretaria de Estado da Agricultura Familiar (SEAF), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), Agência Alemã de Cooperação Internacional (GIZ), Defesa Civil, IDEFLOR-Bio, Prevfogo/IBAMA e Emboé Consultoria.
“Com grande expectativa, o Ibama, por meio do Prevfogo, participou da oficina de construção integrada do Plano Operacional Anual, um marco na construção de soluções coletivas e no fortalecimento da governança ambiental do Estado. Isso é fundamental para fortalecer o diálogo entre instituições, alinhar diretrizes e construir ações de forma colaborativa. Esperamos contribuir com nossa experiência técnica e compromisso institucional para promover a proteção ambiental de forma integrada, eficiente e alinhada aos desafios e prioridades regionais. Juntos, podemos avançar na implementação de políticas públicas mais eficazes e sustentáveis“, disse Viviane Amaral, supervisora do Prevfogo/IBAMA.
Monitoramento e proteção ambiental
O secretário Raul também destacou que, por meio do Centro Integrado de Monitoramento Ambiental (Cimam) da Semas, os dados de desmatamento dos últimos dois anos são coletados e alinhados em mapas, cruzados com informações dos grandes maciços florestais do Estado, terras indígenas, unidades de conservação, reservas extrativistas e áreas de proteção integral. O trabalho é baseado na lógica de predição cruzada com o patrimônio que o Estado deseja preservar, configurando um programa de prevenção em sítios florestais.
O Pará alcançou, em junho de 2025, o menor valor já registrado de área recoberta por alertas de desmatamento desde o início da série histórica em 2019, considerando exclusivamente os meses de junho, segundo os dados do Sistema de Detecção de Desmatamentos em Tempo Real (DETER) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Em junho de 2025 foram detectados 111 km² de área recoberta por alertas, o que representa uma redução de 41% em relação ao mesmo período de 2024, quando foram registrados 187 km² — a diminuição absoluta foi de 76 km².
“O centro dessa evolução foi o trabalho da Operação Curupira, uma operação multiagência que tem com o apoio do Corpo de Bombeiros, Polícia Civil, Polícia Científica, Semas, Polícia Militar, entre outros órgãos. Queremos que, na gestão do fogo, daqui a quatro anos, possamos celebrar resultados positivos como os da Operação Curupira, batendo mínimas históricas de desmatamento no Pará. Agradeço a todos que estão ao nosso lado contribuindo para a preservação do estado”, finalizou Raul.
Fonte: Agência Brasil e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 05/08/2025/14:29:24
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