Em meio à pandemia do coronavírus, reabertura das escolas divide opiniões

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Ações como adequação das unidades e conscientização da comunidade escolar estão sendo adotadas pelas instituições 

Em meados de março, as aulas presenciais em instituições de ensino foram suspensas, devido à pandemia da Covid-19. Desde então, as escolas precisaram se adaptar ao “novo normal”, implementando as aulas remotas como medida para dar continuidade no ensino sem prejudicar os alunos.

Após cerca de cinco meses, apesar da flexibilização de diversas atividades comerciais, as aulas presenciais permanecem sem uma definição mais clara de retorno. Até o momento, somente o Amazonas e o Maranhão retomaram as atividades escolares, conforme aponta o monitoramento diário da Federação Nacional de Escolas Particulares (FENEP).

Para algumas instituições particulares, as aulas EAD estão sendo melhor absorvidas, apontando até possibilidades de um ensino híbrido – mesclando presencial com on-line –, para outras, o modelo não alcança determinados perfis de alunos – aqueles com pouca desenvoltura para o ambiente digital – ou de cursos com direcionamento mais técnico ou prático.

Júlio César Rocha é diretor da Esfera Formação Profissional, em Duque de Caxias (RJ), instituição que oferece ensino técnico e Educação de Jovens e Adultos (EJA). Ele defende o retorno das aulas presenciais, alegando que a paralisação prolongada prejudica ainda mais a dinâmica de formações que requerem a realização de atividades em sala de aula.

“O sujeito que precisa aprender a limpar um ar-condicionado, a fazer uma instalação de um medidor, a fazer uma aferição de motor. Ele vai aprender isso com vídeo ou dentro da oficina? É evidente que dentro da oficina”, argumenta.

Por se tratar de alunos adultos, a retomada das atividades presenciais, na avaliação do diretor, já é viável. “O adulto já é mais autônomo em suas iniciativas. O adulto, por si só, já busca praticar o protocolo em restaurantes, na academia, na igreja. O adulto é outra história. Ele tem uma condição melhor em se adequar às necessidades do ambiente”, opina Júlio.

Seguindo os protocolos de biossegurança, como uso de máscara, instalação de suporte com álcool em gel pela unidade, higienização e dedetização com frequência, orientação para o distanciamento entre alunos e funcionários dentro da instituição, Júlio acredita que o estabelecimento já tem plenas condições para a retomada. “Está tudo pronto. É uma questão apenas de últimos ajustes”, conclui ele.

Momento é de espera, mas também de tranquilidade 

O Colégio Batista Americano, em Volta Redonda (RJ), vive o momento de expectativa com serenidade, seja para a manutenção por mais algum tempo das aulas remotas ou para um possível retorno das aulas presenciais.

“Nós temos pensado que esse retorno seja em um momento essencial e não somente importante. Porque a pandemia só reforçou para nós que a vida deve ser cercada de algo que é essencial. Nós temos um princípio que norteia a escola que é o amor a Deus e ao próximo”, comenta a pedagoga Roberta Barros, Diretora-geral da instituição há seis anos

Com mais de 65 anos de mercado, a escola atende hoje mais de 500 alunos, da creche ao pós-médio, com ensino técnico e formação de professores. A instituição há alguns meses tem investido em duas frentes no que diz respeito ao combate ao coronavírus: trabalho de conscientização de toda a comunidade escolar e a adequação técnica da estrutura física, seguindo todos os protocolos de saúde. Uma das filosofias centrais do colégio é a valorização da vida.

Na unidade, há uma profissional de saúde dedicada a realizar o trabalho de orientação, além de conferir toda a readequação para as normas sanitárias recomendadas na pandemia. Para um possível futuro retorno, a diretora reforça que será um feito de maneira consciente, segura, ajustada e em momento que seja essencial.

Além da profissional de saúde, a escola adaptou um protocolo personalizado. As salas estão sendo arejadas, o sistema de entrada foi ampliado em um conceito mais aberto para evitar aglomeração. Termômetro, tapetes com sistema sanitário e a sinalização no interior da escola também foram outras medidas adotadas.

“Tudo isso com a inclusão de toda a comunidade escolar. Do porteiro, passando pelo professor até os pais. Eu tenho que trazer esse pai para participar porque ele precisa entender como as crianças deverão ser trazidas para a escola. Sem febre, por exemplo. São os pais que devem primeiro fazem essa observação da saúde dos filhos”, conclui a diretora Roberta.

Fonte: Agência Educa Mais Brasil

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