Assassino confesso de mototaxista chega a Oriximiná; ‘Pitico’ havia fugido para Manaus
Wilkson Melo Souza (Pitico) preso em Manaus já está na delegacia de Oriximiná, no PA — Foto: Márcio Garcia/Arquivo pessoal
Na delegacia de Oriximiná, ‘Pitico’ voltou atrás da primeira versão e disse que não matou Bill.
Chegou no final da tarde de segunda-feira (15) em Oriximiná, oeste do Pará, o assassino confesso do mototaxista Carlos Alberto Pimenta Corrêa (Bill), crime ocorrido dia 4 de julho, no ramal Jatuaraninha. Wilkson Melo Souza (Pitico) foi preso em Manaus no dia 12, após denúncia anônima à polícia.
No dia da prisão, em Manaus, Pitico confessou em depoimento e nas entrevistas à imprensa da capital amazonense, que matou Bill porque havia sido “delatado” pela vítima e por isso tinha ido parar na penitenciária de Santarém.
Na chegada em Oriximiná, Pitico voltou atrás da primeira versão e negou a autoria do assassinato de Bill. “Eu não matei, só falei que matei para ganhar tempo com outra coisa. Eu falei com ele, peguei a moto e ele me deixou perto do terreno da minha irmã, que eu estava limpando. Depois eu não sei pra onde ele foi”, disse.
Sobre o fato de ter tentado fugir quando a polícia chegou no local onde ele estava escondido em Manaus, Pitico disse que já estava sabendo da suspeita contra ele. E quanto a ter ido para Manaus no mesmo dia em que Bill foi assassinado, negou que estivesse fugindo.
“Eu não fugi, eu embarquei conscientemente. Se puxarem as imagens do barco vão ver que eu estava andando tranquilamente. Eu só soube dessa morte dele quando eu estava lá em Manaus. Quando eu cheguei em Manaus é que a minha irmã veio me falar que tinha uma foto minha na internet. E quando eu vi a polícia em tentei fugir porque não queria voltar para a penitenciária”, falou.
Indícios
De acordo com o delegado da Polícia Civil de Oriximiná, William Fonseca, todos os indícios apontam para Pitico como autor do assassinato de Bill. O inquérito deve ser concluído em 10 dias.
“O Wilkson (Pitico) foi a última pessoa vista com Bill. As imagens do posto de combustível onde Bill parou para abastecer mostram isso. O corpo do Bill foi encontrado por volta das 3 da tarde do dia 4, no ramal Jatuaraninha, quase mesmo horário em que Wilkson chega na sua casa todo sujo de lama e no mesmo dia ele foge para Manaus. Os dois tinham uma ligação com a droga, Bill era usuário e Wilkson atua no tráfico transportando droga. São vários indícios que pesam contra ele”, relatou o delegado.
Ainda segundo William Fonseca, o Bill seria uma espécie de X-9, na ocasião em que o Pitico foi preso em Santarém com 17kg de droga. “O Wilkson tem uma participação notável no tráfico, ele transporta quantidades substanciais de entorpecentes. Em conversa informal comigo, ele disse que traria 20kg de entorpecente para Oriximiná, e daqui ele iria levar para Belém”, contou.
Fonseca destacou o trabalho investigativo foi feito pela sua equipe (escrivão Renan Guimarães, escrivã Kamila Corrêa e investigadora Aline Mergulhão).
“Realizaram um excelente trabalho durante minha ausência da cidade e em menos de 48 horas identificaram o suspeito o Wilkson (Pitico). Não conseguimos prendê-lo em flagrante, em razão disso representamos pela prisão preventiva. Ele já tinha um mandado de recaptura porque é foragido do sistema prisional de Santarém. Por meio de uma denúncia anônima uma semana após o crime nós conseguimos capturá-lo. Ele estava escondido no quilômetro 41 da BR-174, em uma comunidade, um local de difícil acesso”, disse.
Fonseca também ressaltou a importância da colaboração da população para o sucesso do trabalho da polícia. “A população foi fundamental no desfecho desse caso, foi a denúncia de um cidadão de bem que nos levou ao local onde o Wilkson estava escondido”, finalizou.
*Colaborou Márcio Garcia, de Oriximiná
Por:Sílvia Vieira, G1 Santarém — PA
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