Conflito Agrário-Verdadeiro dono aparece e desarticula grande esquema de invasão e venda de terras

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Nesta quinta-feira, 25 de Novembro, procurou a redação do Jornal Folha do Progresso o Pecuarista “João do Carmo Batista  Dorneles” , 73 anos , de posse a documentos expedido pelo Incra que comprovam o direito de propriedade referente uma área de terra invadida por “Sem terra” na região de Novo Progresso.

João do Carmo Batista Dorneles
João do Carmo Batista Dorneles

João Dorneles, afirma ser proprietário da área  desde 1978 e que os verdadeiros donos são a sua família.  A propriedade esta invadida por pessoas que se intitulam sem terra, a mando de uma associação que alega ter recebido em doação esta área de terra , no km 988 da rodovia Cuiabá/Santarém no município de Novo Progresso.

Dorneles apresentou documentos, vários Contratos  De Compra e Venda (CPCV) expedido pelo INCRA , com processo fundiário requerido em 1982. Junto com a documentação um Boletim de Ocorrência (BO), que sua propriedade foi invadida ,  registrado na Delegacia de Policia Militar na Comunidade de Castelo de Sonho no dia 05 de Novembro de 2003.

João explicou que sempre acompanha as noticias da cidade e região pelo Portal do Jornal Folha do Progresso , onde  leu a reportagem “ Produtores se organizam contra investida de invasores ligados ao MST em Novo Progresso  ” foi onde tomou ciência da gravidade da situação em sua terra e que procurou a redação para explicar os fatos envolvendo esta propriedade.

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Boletim de Ocorrência (BO)

Dorneles explicou que em 2003 estava de posse da terra, que trabalhava fazendo pastagens e para criar bovinos, a  dificuldade era grande e foi onde apareceu o Vilela (Junqueira Vilela), ele comprou um direito de posse do  vizinho a sua propriedade e contratou o conhecido na região “Tião Vilela” homem temido e violento,  para tomar conta da posse, este homem  administrava uma equipe de pistoleiros – ele foi assassinado a dois anos atrás, no distrito de Vila Isol  –  está turma dos Vilelas foram invadindo tudo naquela  região  e tivemos que tirar a família para não morrer, comentou. Eu não podia expor minha família, iríamos morrer, enfatizou.

Sem Terra

Perguntado sobre a declaração do fazendeiro Anderson Estotes, que divulgou um vídeo afirmando ser legitimo dono da área a mais de 20 anos e que doou parte da terra para uma associação para fins de assentar famílias de sem terra, Dorneles disse não conhecer este cidadão que ele  esta faltando com a verdade, ele está iludindo a associação e as pessoas, na verdade está induzindo invadir a terra.  Não fui até lá para ver quem são, mas estão invadidas por pessoas que muitas vezes tem boa intenção e que deixam se levar por falsas lideranças, falsos líderes  que tem interesse em beneficio próprio, colocando famílias de bem em conflito com a sociedade, lamentou Dorneles.

A invasão está sendo coordenada por uma associação de sem terra,  para mim é uma  quadrilha que invade terras para depois vender, comentou.

CPCV- INCRA
CPCV- INCRA

Eu sou o dono a mais de 30 anos e  sai para não morrer, após a policia federal colocar na cadeia os Vilelas (assisti a reportagem na televisão), criei coragem e voltei para tomar posse do que é meu, afirmou Dorneles.

O Crime

Segundo a policia federal que vem investigando este tipo de crime há alguns anos, existe no pais movimentos que são formados para invadir terras – eles se enquadram em associações, que muita das vezes a maioria que lá estão , são pessoas que nunca foram lavradores, entre eles tem comerciantes, profissionais liberais, radialistas, religiosos até políticos, que se aproveitam  das manifestações , pagam inscrições e mensalidade para permanecer no quadro da entidade gerando lucro para os lideres e por fim acabam em fazer parte de uma facção criminosa, expulsando os fundadores, que após  tomar posse da área invadida o intuito é  vender os lotes rurais.

A maioria dos membros destas associações pagam para participar,   uma contrapartida em dinheiro para cada  associado que pode vir custar até R$ 100,00 (cem reais) e continuam pagando mensalidade que vai de R$ 20,00 até R$ 40,00 reais , com a promessa de receber um lote de terra invadido, muitas vezes usam até o nome do Incra para aumentar os associados, relatam. Este dinheiro é para despesas com advogados e correr atrás da papelada, alegam.

Reintegração

João do Carmo Batista  Dorneles, aproveitou para passar um recado as pessoa ligadas ao movimento que invadiu a propriedade e para sociedade progressense , que seu advogado já está de posse de todos os documentos necessários e que ainda está semana, vai requer na justiça a reintegração de posse da área.

Doação

Perguntado se tem interesse de doar parte da área, Dorneles disse que vai depender exclusivamente da associação dos Produtores, o presidente Agamenom quem vai cuidar disto, mas desde que os produtores em consenso queira fazer isto, finalizou.

Por Redação Jornal Folha do Progresso
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