Conselho de Segurança pede fim dos conflitos em Gaza

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Escalada da violência na região levou a ONU a convocar reunião

O Conselho de Segurança da ONU expressou na noite de domingo (20) a ‘profunda preocupação com o número crescente de vítimas’ do conflito em Gaza e reiterou o seu apelo para ‘o fim imediato das hostilidades na região’.

Em um comunicado lido pelo presidente do Conselho, o embaixador de Ruanda Eugène-Richard Gasana, após duas horas de consultas a portas fechadas, os 15 países membros pediram o retorno ao acordo de cessar-fogo, de novembro de 2012 entre Israel e Hamas.

“Os países do Conselho pedem o respeito ao direito internacional humanitário, especialmente na proteção de civis e apontam para a necessidade de melhorar a situação humanitária na Faixa de Gaza”, diz o comunicado.

Poucas horas após o mais sangrento bombardeio israelense em Gaza desde o início do conflito, os membros do Conselho de Segurança declararam estar “muito preocupado com a escalada da violência” e “saudaram os esforços do Egito e do Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, para chegar a um cessar-fogo”.

Ban está em uma viagem no Oriente Médio para promover os esforços de mediação no conflito entre Israel e o Hamas.

Durante as consultas, os embaixadores de 15 países escutaram um relatório do Secretário-Geral Adjunto dos Assuntos Políticos da ONU, Jeffrey Feltman.

Diplomatas disseram que Feltman observou a necessidade de “resolver as causas profundas dos conflitos, a fim de alcançar uma paz duradoura.” O funcionário destacou “grandes necessidades”, humanitárias, alegando que 83 mil pessoas se refugiaram nas instalações do Instituto das Nações Unidas para os Refugiados Palestinos (UNRWA).

De acordo com o embaixador dos EUA, Samantha Power, o cessar-fogo não deve ser vinculado a condições e deve “permitir responder às necessidades humanitárias urgentes.”

— A prioridade é a cessação imediata de disparos de foguetes e ofensiva israelense — disse por sua parte nas consultas o embaixador francês Gerard Araud, citado por diplomatas.

Araud considerou que o Egito e a ONU desempenharam um papel fundamental na mediação.

— Gaza não deve ser mesmo um grande esconderijo de armas e uma prisão a céu aberto — disse ele.

Esta reunião de emergência foi convocada pela Jordânia, membro da agência, em nome do grupo árabe, depois de uma pedido nesse sentido feita pelo presidente palestino, Mahmoud Abbas.

Em um discurso televisionado, Abbas disse que a situação em Gaza como “insuportável”, referindo-se ao bombardeio no domingo em um subúrbio localizado a leste da Cidade de Gaza, o mais mortal dos ataques realizados por Israel desde o início do operação, em 8 de julho.

NÚMERO DE MORTOS PASSA DE 500

Apesar do Conselho de Segurança da ONU ter pedido um cessar-fogo imediato, aviões e tanques israelenses continuaram atacando a Faixa de Gaza durante a noite. O bombardeio israelense causou a morte de 25 pessoas de uma família perto da fronteira sul de Gaza com o Egito, enquanto que outras dez pessoas morreram em Khan Yunis, depois que projétieis impactaram sua casa e alcançaram os que tentavam fugir, informaram fontes médicas. Forças israelenses mataram ao menos dez militantes palestinos.

Fonte: ORMNews.

Publicado por Folha do Progresso fone para contato  Cel. TIM: 93-81171217 e-mail para contato:folhadoprogresso@folhadoprogresso.com.br

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