ONU soa alerta vermelho pois temperatura vai subir mais 3º C

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O aumento da temperatura média do planeta Terra, causado pelas mudanças climáticas (pelo Homo sapiens, portanto), traz diversas consequências para a humanidade | tete_escape/Shutterstock

A temperatura média do mundo pode aumentar 3ºC no século 21 – o dobro da meta definida pelo Acordo de Paris; entenda o que isso significa.

A Organização das Nações Unidas (ONU) soou o “alerta vermelho” para o planeta terra por conta da previsão de alta na temperatura geral do globo. A previsão é de que o mundo caminhe para um aumento de 3ºC na sua temperatura ao longo deste século. Falando assim, não parece muito. Mas foi o suficiente para a Organização das Nações Unidas (ONU) soar o que chamou de “alerta vermelho” no relatório Unidos na Ciência, divulgado recentemente.

“Estamos soando o alerta vermelho para o planeta”, disse a secretária-geral da Organização Meteorológica Mundial (OMM), Celeste Saulo, que faz parte da ONU. “Estamos muito longe de atingir as metas climáticas globais.”

Esse relatório é uma publicação anual que reúne agências da ONU, organizações meteorológicas e instituições científicas. Seu objetivo é alertar líderes da política internacional. Por isso, é divulgado antes da sessão de alto nível da Assembleia Geral da ONU.

Aumento da média de temperatura da Terra preocupa ONU

Talvez, enquanto lia o começo desta nota, você tenha pensado: “nossa, 3ºC faz tanta diferença assim?”. Depende. Se for na regulagem do ar-condicionado da sua sala, nem tanto. Já na média da temperatura de um planeta, faz uma baita diferença, sim.

  • O aumento da temperatura média do planeta Terra, causado pelas mudanças climáticas (pelo Homo sapiens, portanto), traz diversas consequências para a humanidade. Entre elas, estão:
  • Eventos climáticos extremos: Aumento na frequência e intensidade de fenômenos como ondas de calor, secas prolongadas, tempestades severas e inundações, causando danos à infraestrutura, agricultura e ecossistemas;
  • Aumento do nível do mar: O derretimento das geleiras e das calotas polares eleva o nível dos oceanos, ameaçando cidades costeiras e ilhas;
  • Escassez de água: Mudanças nos padrões de precipitação e o aumento da evaporação causam secas em diversas regiões, afetando o abastecimento de água para consumo humano, agricultura e indústria;
  • Migrações em massa: Eventos climáticos extremos e a escassez de recursos podem forçar milhões de pessoas a abandonarem suas casas, gerando crises humanitárias e conflitos por recursos;
  • Danos à economia: Os impactos do aquecimento global geram custos elevados para a reconstrução de infraestruturas, a adaptação às novas condições climáticas e a mitigação dos efeitos das mudanças climáticas.

Para ilustrar riscos e consequências do aumento da temperatura média do planeta, o relatório da ONU cita exemplos de eventos catastróficos. E o Brasil apareceu no texto. “As inundações foram extremamente críticas, agora esses incêndios…”, disse a secretária-geral da OMM à TV Globo.

“Sabemos que o uso da terra foi extremamente modificado por causa das atividades econômicas, e o Pantanal sofreu com isso”, disse Celeste. “Estamos apenas testemunhando o que a comunidade científica já avisou que aconteceria.”

O relatório aponta que no ritmo atual, sem medidas mais sérias e concretas, o aumento da temperatura média do mundo deve ser o dobro da meta definida no Acordo de Paris, assinado em 2015.

Acordo de Paris é um tratado internacional cujo objetivo principal é fortalecer a resposta global à ameaça das mudanças climáticas. Ele também visa reforçar a capacidade dos países para lidar com os impactos decorrentes dessas mudanças.

Em suma, o tratado colocou como meta limitar a alta da temperatura média da Terra a 1,5ºC, em comparação à média antes da Revolução Industrial, para poupar o mundo dos piores efeitos da crise climática.

O problema: as concentrações de gases do efeito estufa estão em níveis recordes, o que aumenta as temperaturas. A ONU alertou que o planeta pode viver, pela primeira vez, um ano cuja média ultrapasse o teto estabelecido no Acordo do Clima nos próximos cinco anos.

Fonte: DOL  e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 20/09/2024/03:38:28

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