Doze dias depois, Semas ainda aguarda informações sobre resgate do navio Haidar, em Barcarena

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Navio naufragou há 5 anos com 5 mil animais embarcados, e caso segue sem definição (Foto:Tarso Sarraf/Arquivo O Liberal)

Faltam detalhes sobre segurança ambiental da retirada de embarcação que naufragou em 2015 com carga de bois vivos

A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) informou, nesta quarta-feira (24), que ainda aguarda da empresa as informações complementares sobre a segurança ambiental da operação da retirada do navio Haidar das águas do Rio Pará, em Barcarena.

Em reunião realizada na sexta-feira (12), envolvendo representantes do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e agentes da prefeitura de Barcarena, foi confirmada a informação de que o navio Haidar, que afundou no porto da Companhia das Docas do Pará em outubro de 2015, será resgatado a partir de 1º de julho.

Nesta quarta-feira, procurada pela Redação Integrada, a Semas comentou o assunto: informou que “a empresa apresentou o plano de controle ambiental para a flutuação da embarcação”, e que, após a análise inicial do plano, a Semas “notificou a empresa para que ela apresente informações complementares sobre a segurança ambiental da operação”. Até o momento, diz a Semas, as informações não foram repassadas.

O Dnit contratou uma empresa brasileira para executar a operação. Resta apenas, segundo a prefeitura do município, a emissão de uma licença ambiental da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) para viabilizar o serviço.
MPF pediu indenizações de R$ 71 milhões

Dos quase cinco mil bois mortos, uma parte se desprendeu do casco do navio logo após o acidente, imergindo nas praias de Barcarena, um local de visitação turística próximo da capital paraense, lembra o Ministério Público Federal. Nos dias que se seguiram ao naufrágio, a população teve que deixar suas casas, andar com máscaras para respiração e fechar os locais de comércio.

Uma parte dos bois mortos apodreceu dentro do casco do navio, liberando subprodutos da decomposição nas águas da região. Outra parte foi retirada pelas empresas e enterrada em local próximo ao porto.

Parte dos 700 mil litros de óleo diesel que estavam no Haidar vazaram para as águas, mas a maior parte foi retirada pelos responsáveis. As consequências para o meio ambiente e para a vida no entorno foram graves.

No caso dos danos ao meio ambiente, o MPF entrou com uma ação judicial, que tramita na 9ª Vara Federal em Belém, com pedido de indenizações de R$ 71 milhões.

Marinha também aguarda posição

Ouvida pela reportagem, a Marinha do Brasil, informou que, até a presente data, “não foi notificada oficialmente da Operação de Salvatagem do Navio Haidar”.

Segundo a Capitania dos Portos da Amazônia Oriental (CPAOR), “o plano de salvatagem deverá ser protocolado na Capitania para análise, conforme previsão nas Normas da Autoridade Marítima”.

Sobre a retirada do navio, a redação integrada de O Liberal também entrou em contato com a Prefeitura Municipal de Barcarena. Em nota, a prefeitura informou que não terá participação na operação de resgate do navio Haidar. “O processo de retirada da embarcação do fundo do rio está sob a responsabilidade do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte (Dnit)”, disse o município.

Por:Dilson Pimentel

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