Evandro Chagas confirma morte de 11 macacos no Pará

image_pdfimage_print

Quase 85 mortes de animais foram registradas, mas não ligadas à doença

O Instituto Evandro Chagas (IEC) confirmou 96 notificações de mortes de macacos este ano, onze delas provocadas por febre amarela. Os animais mortos eram oriundos dos municípios de Alenquer (1), Belém (1), Marituba (1), Concórdia do Pará (1), Monte Alegre (1), Oriximiná (3) e Rurópolis (3). As informações foram divulgadas, ontem pela manhã, pela Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa). Ainda segundo a Sespa, novos exames liberados pelo IEC em animais encontrados em Abaetetuba, Santa Isabel, Placas, Bujaru, Baião e Castanhal deram negativo para febre amarela. As informações sobre a doença estão concentradas na Sespa.

Quatro pessoas morreram de febre amarela no Pará. E o governo estadual informou que o cerco à doença, cuja propagação vem sendo contida ao longo de todo rio Amazonas, tanto na Calha Norte quanto ao sul, lembra uma operação de guerra. Agentes de saúde, médicos, veterinários, pilotos, policiais e bombeiros estão embrenhados nas matas adjacentes aos locais onde a doença provocou mortes. Eles têm a missão de impedir novos óbitos. Moradores da área estão sendo vacinadas em massa. Na sexta-feira (31), 25 mil doses de vacina chegaram ao oeste do Pará, reforçando a guerra à doença.

O acesso a alguns desses lugares não é fácil. Há comunidades minúsculas encravadas no meio da floresta, onde crianças, jovens e adultos vivem e trabalham sem informação, sem precaução sanitária, sem prevenção contra os mosquitos que habitam a copa de árvores e propagam a doença.

A morte de macacos é um sinal de alerta para as autoridades de saúde. A morte desses animais acende o sinal vermelho. O diagnóstico de febre amarela, após exame sorológico feito pelo Instituto Evandro Chagas, é o estopim de operações emergenciais como a que está sendo realizada há três semanas em vários municípios que a Sespa mapeou como áreas de risco, a partir de Alenquer e Monte Alegre, cidades de origem das quatro vítimas fatais da doença: duas crianças e dois jovens. Nenhuma delas era vacinada e todas foram infectadas durante incursões em mata fechada, na zona rural daqueles municípios. Desde que o Evandro Chagas confirmou a primeira morte de macaco por febre amarela, a Sespa começou a desenhar o raio da ação preventiva que culminou com a operação de emergência agora em curso, em que foram vacinadas 10 mil pessoas em apenas três dias.

Ao mesmo tempo em que age nas cidades de Monte Alegre, Alenquer, Curuá e Oriximiná, a equipe da Secretaria monitora casos de primatas mortos no Estado. “Todas as mortes de macacos são registradas no Sistema de Informação de Agravos de Notificação. Daí partimos, então, para a investigação. É claro que nem todo animal morto foi vítima de febre amarela, mas é preciso ficar vigilante. Mesmo sem o diagnóstico confirmado para a doença, imediatamente se faz o cerco preventivo, como o que estamos fazendo no oeste do Pará, imunizando as populações vulneráveis”, disse o médico veterinário Fernando Esteves, que coordena o grupo de trabalho de Zoonoses da Sespa.

Fonte: ORMNews.
“Informação publicada é informação pública. Porém, para chegar até você, um grupo de pessoas trabalhou para isso. Seja ético. Copiou? Informe a fonte.”
Publicado por Jornal Folha do Progresso, Fone para contato 93 981177649 (Tim) WhatsApp:-93- 984046835 (Claro)   E-mail:folhadoprogresso@folhadoprogresso.com.br

%d blogueiros gostam disto: