Governo federal planeja ampliar a produção de açaí na Amazônia em parceria com os Estados da região

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(Foto:Reprodução – IBGE)- O Estado do Pará é o maior produtor de açaí do Brasil, correspondendo a mais de 61% da produção nacional do fruto, que é originário da várzea amazônica e que neste século XXI se transformou em um dos alimentos mais cobiçados nacionalmente e fora do País. A maior parte do açaí é de produção extrativista, no Pará, assim como no resto da Amazônia. Já há várias iniciativas de plantio do fruto em terra firme, mas ainda prevalece a produção de várzea.

Para impulsionar a produção, geração de renda na região e a exportação, o Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) criou  a Rota do Açaí no Estado, em parceria com a Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), Banco da Amazônia e da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap/PA).

Atualmente, dois Polos da Rota do Açaí estão em atividade no Pará. Um deles na unidade Baixo-Tocantins comporta quatro dos cinco maiores produtores de açaí do Estado: Igarapé Miri, Abaetetuba, Cametá e Barcarena, são responsáveis por 70% da produção paraense em 2017. Os municípios de Acará, Baião, Limoeiro do Ajuru, Mocajuba, Moju, Oeiras do Pará e Tailândia, completam este primeiro polo da rota.

O segundo Polo é BR-316, que comporta os municípios produtores de açaí do nordeste paraense, incluindo as ilhas da capital, Belém e outros 20 municípios: Ananindeua, Benevides, Bragança, Capanema, Capitão Poço, Castanhal, Colares, Curuçá, Inhangapi, Maracanã, Marapanim, Marituba, Primavera, Santa Bárbara do Pará, Santa Isabel do Pará, Tomé Açu, Viseu, Bujaru, Santo Antônio do Tauá e Magalhães Barata.

O Polo do Arquipélago do Marajó se encontra em fase de implementação. A região sozinha produziu 20% do total do açaí paraense, registrado em 2017.

A produção paraense de açaí deu um salto de 406,5 toneladas coletadas em 2010 para 1,2 milhão de toneladas em 2017, de acordo com dados da Sedap. O Estado do Amazonas ocupa a segunda posição nesse ranking, segundo o MDR, com 23% do total produzido no País.

A secretária nacional de Desenvolvimento Regional e Urbano do MDR, Adriana Melo, afirma que a Rota do Açaí foi impantada e está sendo implementada, com a finalidade de priorizar investimentos, estruturar a cadeia de produção com capacitar dos agricultores com o objetivo  de impulsionar o desenvolvimento das regiões com inclusão produtiva e geração de renda, a partir do do fortalecimento da produção do fruto.

A ação faz parte das Rotas de Integração Nacional, que atuam com redes interligadas de Arranjos Produtivos Locais (APLs) para promover inovação, diferenciação, competitividade e lucratividade de empreendimentos associados.

Expansão das cadeias produtivas do açaí

A projeção do Ministério do Desenvolvimento Regional é ampliar o alcance da Rota do Açaí, com a implantação de dois novos Polos na região Norte: em  São Luiz do Anauá, no estado de Roraima e no arquipélago do Bailique, no estado do Amapá, onde também já há uma grande produção de açaí.

O programa começa a partir da identificação das potencialidades locais, realizada pela Secretaria Nacional de Desenvolvimento Regional e Urbano (SDRU), em conjunto com os órgãos parceiros nos estados e municípios, como associações e entidades locais, onde realizado o diagnóstico, considerando dados de capacidade hídrica, energética, escoamento da produção, rodovias, aeroportos, ferrovias e portos, além da capacidade de beneficiamento e produtiva.

Através das entidades de qualificação, é oferecido apoio técnico e de planejamento estratégico para estruturar e profissionalizar o trabalho dos agricultores, especialmente os pequenos produtores e familiares, como explica a secretária.

Além do uso do fruto como suco regional, onde as comunidades se alimentam diariamente, a polpa do açaí é usada para produção de sorvetes, geleia, na indústria coméstica, medicinal entre outros.

E todo o açaizeiro pode se transformar em diferentes fontes de renda para os produtores, além do próprio fruto. As raízes, quando novas, podem ser usadas como um chá vermífugo. O tronco pode ser aproveitado em construções rurais e para a criação de móveis leves. Os cachos podem ser transformados em vassouras, adubo e, quando queimados, até usados como repelente natural contra insetos. A palha serve como telhado em casas de ribeirinhos e pode ser usada na produção de tapetes e outros objetos artesanais. O caroço pode ser aproveitado como adubo, insumo para a fabricação de joias ecológicas ou como substituto ao uso de carvão e lenha. Já a parte superior do caule é de onde se extrai o palmito do açaí, que pode ser retirado sem a derrubada da árvore, permitindo uma produção sustentável desse produto, como mostram os estudos.

Com informações do MDR
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