Ministério Público pede à Justiça, interdição da cozinha do Hospital Municipal de Santarém

image_pdfimage_print

Condições inadequadas de higiene levaram ao pedido de interdição do HMS — Foto: Reprodução / MPPA

De acordo com o órgão ministerial, a cozinha do HMS não atende os parâmetros técnicos previstos pela Anvisa.

Em Ação Civil Pública protocola nesta quarta-feira (4) pelo Ministério Público do Estado do Pará (MPPA), o promotor Diego Libardi, pediu a interdição imediata do funcionamento da cozinha do Hospital Municipal Dr. Alberto Tolentino Sotelo, em Santarém, oeste do Pará, por condições higiênico-sanitárias insatisfatórias no ambiente de preparação de alimentos para pacientes e profissionais que atuam na unidade de saúde.

No documento, fotos das instalações e das condições em que são preparados os alimentos foram anexadas para mostrar que as normativas previstas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em especial a Resolução-RDC n.º 216/2004-Anvisa1, que dispõe sobre as boas práticas para serviços de alimentação em estabelecimentos de saúde, não estariam sendo cumpridas.

Segundo o promotor, o revestimento da cozinha apresenta mau estado de conservação, com a existência de frestas que impedem a correta higienização e permitem o acúmulo de sujeira, pragas e vetores urbanos. Além disso, a cozinha também apresenta baixa iluminação do local, o que impede a plena visualização dos alimentos lá preparados.

Durante vistoria realizada pelo GATI-MPPA, foi constatada a presença de fiações expostas e tomadas danificadas, situação que também compromete a limpeza da cozinha.

Também foi constatada ausência de ventilação adequada que permita a renovação do ar, presença de ferrugem, e utensílios (como panelas, tabuleiros e facas) em estado de deterioração. Foram encontrados ainda, utensílios armazenados inadequadamente embaixo de uma pia e bancada da cozinha.

O GATI verificou também alimentos e materiais de cozinha no mesmo espaço, o que favorece a contaminação da alimentação.

“Hospitais são locais onde a saúde e o bem-estar dos pacientes estão diretamente envolvidos, e qualquer falha na qualidade dos serviços prestados ou na segurança dos procedimentos pode ter consequências graves aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), assim como à segurança dos trabalhadores do local. Assim, é incompreensível que um espaço destinado ao serviço de saúde possua cozinha nestas circunstâncias em funcionamento”, ponderou o promotor.

Os serviços da cozinha do HMS são prestados pela empresa Inova Alimentos, por meio de contrato firmado com a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) no valor de R$ 6.452.400,00. Mas de acordo com o MPPA, a terceirização desse serviço não afasta o município de Santarém as responsabilidades de garantir condições sanitárias de funcionamento adequadas à cozinha do Municipal.

Pedidos

Além da imediata interdição do funcionamento da cozinha do Hospital Municipal, o Ministério Público também pediu à Justiça, que:

Seja determinada a correção das condições prediais, reformando a área da cozinha, também com obediência às normas sanitárias e ainda hidráulicas e elétricas;

Enquanto permanecer a interdição e até que sejam sanados os pontos na forma dos itens 1 e 2, seja assegurado o serviço de fornecimento de alimentação aos pacientes em espaço (cozinha) adequado às normas sanitárias, com a respectiva comprovação nos autos pelo requerido, na condição de contratante (Contrato Nº 231/2022-Semsa)

Que o retorno da cozinha para a área do hospital municipal somente ocorra após realizado o serviço pugnado nos itens 1 e 2, sendo garantida, neste período, a continuidade do serviço na forma do item “3”, mediante comprovação nestes autos;

Sem prejuízo, por fim, de designação de inspeção judicial na cozinha do Hospital Municipal de Santarém, caso V. Exa. entenda necessário.

 

Fonte: Sílvia Vieira, g1 Santarém e Região — PA / Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 05/10/2023/15:38:17

Notícias gratuitas no celular

O formato de distribuição de notícias do Jornal Folha do Progresso pelo celular mudou. A partir de agora, as notícias chegarão diretamente pelo formato Comunidades, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp. Não é preciso ser assinante para receber o serviço. Assim, o internauta pode ter, na palma da mão, matérias verificadas e com credibilidade. Para passar a receber as notícias do Jornal Folha do Progresso, clique no link abaixo e entre na comunidade:

*     Clique aqui e acesse a comunidade do JORNAL FOLHA DO PROGRESSO

Apenas os administradores do grupo poderão mandar mensagens e saber quem são os integrantes da comunidade. Dessa forma, evitamos qualquer tipo de interação indevida. Sugestão de pauta enviar no e-mail:folhadoprogresso.jornal@gmail.com.

Envie vídeos, fotos e sugestões de pauta para a redação do JFP (JORNAL FOLHA DO PROGRESSO) Telefones: WhatsApp (93) 98404 6835– (93) 98117 7649.
“Informação publicada é informação pública. Porém, para chegar até você, um grupo de pessoas trabalhou para isso. Seja ético. Copiou? Informe a fonte.”
Publicado por Jornal Folha do Progresso, Fone para contato 93 981177649 (Tim) WhatsApp:-93- 984046835 (Claro) -Site: www.folhadoprogresso.com.br   e-mail:folhadoprogresso.jornal@gmail.com/ou e-mail: adeciopiran.blog@gmail.com

%d blogueiros gostam disto: