Pará registra números altos de assassinatos e agressões contra comunidade LGBT

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A coordenação do movimento LGBT disse que não consegue acompanhar muitos casos porque a maioria das vítimas não procuram pelos seus direitos.

Segundo o movimento LGBT do Pará em 2017 foram registrados seis assassinatos de homossexuais e 24 agressões, um número que ainda não reflete a realidade. Foi o que aconteceu em um bar próximo a Praça da Bíblia em Ananindeua, região metropolitana de Belém. Duas pessoas ficaram feridas entre elas um jovem que preferiu não se identificar. Ele conta que estava em um grupo de cinco amigos, todos homossexuais, mas a presença deles teria incomodado dois homens que realizaram as agressões.

“Tinham várias pessoas que estavam em pé no bar, mas eles queriam arrumar confusão comigo. Eles não estavam reclamando de ninguém, o problema foi eu. Começaram a me xingar com palavrões e palavras de baixo calão”, conta a vítima.

Os xingamentos teriam se intensificado depois que a vítima que não tinha onde sentar estava em pé, pois o bar estava cheio. Irritados os agressores golperam com uma garrafa a cabeça de um dos rapazes que teve vários ferimentos.

A coordenação do movimento LGBT disse que não consegue acompanhar muitos casos porque a maioria das vítimas não procuram pelos seus direitos. Ainda de acordo com a coordenação a maioria das vezes nem um boletim de ocorrência é registrado e esses casos acabam ficando no anonimato.

A legislação brasileira ainda não trata especificamente homofobia como crime , por isso caso das vítimas em Ananindeua acabou se enquadrando em lesão corporal de natureza grave e injúria. O código penal diz que injúria é uma ofensa contra a cor, etnia, religião, origem ou a condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência, mas não inclui a orientação sexual.

“Se existisse um crime de homofobia, certamente teria mais efetividade. Talvez nós caminhássemos se as pessoas LGBT tivessem mais segurança, o que infelizmente no Brasil ainda é o país que mais mata esse público”, finaliza Yuri Raiol, advogado da vítima.

Fonte: G1 PA.                                               
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