Preso nos atos de 8 de janeiro em Brasília morre no presídio da Papuda

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(Foto:Reprodução) – O empresário brasiliense Clériston Pereira da Cunha, de 46 anos, morreu na manhã desta segunda-feira (20) no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília. Ele estava preso desde o dia 8 de janeiro em decorrência dos protestos que culminaram com a invasão e a depredação das sedes dos Três Poderes.

Clériston Pereira Cunha, 45 anos, conhecido como “Clezão” e irmão de Cristiano Pereira da Cunha, vereador na cidade baiana de Feira da Mata, morreu nesta segunda-feira (20) no presídio da Papuda, onde estava recolhido desde que foi detido sob acusação de participar das manifestações de 8 de janeiro, em Brasília, que levaram à depredação das sedes dos três poderes

Segundo despacho da juíza Leila Cury encaminhado ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), Clériston teve um mal súbito por volta das 10h durante o banho de sol, sendo atendido às 10h18 por equipes do Samu e do Corpo de Bombeiros. O documento aponta que os agentes tentaram socorrer o empresário, mas sem êxito – o óbito foi declarado às 10h58.

Fontes ouvidas reservadamente pela Gazeta do Povo afirmam que ele sofreu um ataque cardíaco fulminante, e que já havia passado mal com sintomas semelhantes em outra ocasião desde que foi detido.

“O falecido estava preso exclusivamente em razão da conversão de sua prisão em flagrante em prisão preventiva, nos autos da PET 4879 – STF, recebia visitas regulares da companheira e duas filhas e residia no Distrito Federal. Recebia, igualmente, regular atendimento médico”, escreveu a juíza no despacho obtido pela reportagem.

Ainda de acordo com o documento, Clériston fazia uso de medicamentos para diabetes e hipertensão, e já havia sido atendido no serviço médico da Papuda por sintomas de Covid-19.

Procurada pela Gazeta do Povo, a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seape) enviou a seguinte nota sobre o caso:

“A Secretaria de Administração Penitenciária do DF (Seape/DF) informa o falecimento do custodiado C.P.C de 46 anos, ocorrido hoje, por volta das 10h da manhã, no Centro de Detenção Provisória II do Distrito Federal (CDP II). O reeducando era acompanhado por equipe multidisciplinar da Unidade Básica de Saúde localizada na própria unidade prisional desde a entrada na unidade em 09/01/2023. Hoje, esta mesma equipe de saúde realizou manobras de reanimação assim que constatado o mal súbito até a chegada da equipe do SAMU e Bombeiros que foram imediatamente acionados”.

O advogado de Clériston, Bruno Azevedo, está na Papuda nesta tarde apurando as causas da morte e deve se pronunciar até o final do dia. Ele havia pedido a revogação da prisão do empresário ainda em maio para converter em medidas cautelares, e já tinha um parecer favorável do Ministério Público Federal para a soltura dele desde o final de agosto. Faltava apenas Moraes analisar o documento e proceder com a liberdade provisória de Clériston.

“O Ministério Público Federal manifesta-se pelo deferimento do pedido de liberdade provisória a Clériston Pereira da Cunha, cumulado com as medidas cautelares diversas da prisão”, escreveu Carlos Frederico Santos, subprocurador-geral da República em documento obtido pela Gazeta do Povo.

Um dos detidos que conviveu com o empresário, Gilberto Ackermann, contou à reportagem que Clériston era uma pessoa ativa e “levantava a autoestima de todo mundo lá dentro”. “Ele era uma pessoa muito família, trabalhador, cristão. Dói saber que, por omissão, foi-se um pai de família antes dos 50 anos, com certeza por preocupação por tudo o que estava passando lá dentro”, disse.

Ackermann ocupou a cela ao lado de Clériston na Papuda e foi libertado em meados de agosto com medidas cautelares. Recentemente, foi condenado a 17 anos de prisão. De acordo com ele, o serviço de saúde do complexo vinha sendo omisso com os detentos.

“O serviço de saúde é muito relapso lá dentro, é público e notório isso. Só não havia morrido gente ainda porque tem um médico lá preso também”, disse.

Ele contou, ainda, que Clériston passou mal certa vez durante a madrugada e que houve demora para ser atendido. “Foi um desespero lá dentro, a gente começou a bater nas celas para pedir socorro, até que veio a ambulância e o levou para o hospital”, completou.

A Gazeta do Povo pediu ao STF um posicionamento sobre o caso. A assessoria do órgão informou que não haveria manifestação por ora.

Fonte: Gazeta do Povo/ Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 20/11/2023/08:14:00

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