Adolescente de Monte Alegre que desenvolveu aplicativo para surdos faz campanha para apresentar projeto em São Paulo

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Victoria da Cruz, no centro, recebendo o troféu da Profª. Drª. Solange Ximenes, representante da Ufopa — Foto: Fecitba/Divulgação

Victoria da Cruz ficou em primeiro lugar geral na Feira de Ciencias da Ufopa e está realizando uma rifa para levar toda a equipe para Febrace

A adolescente de Monte Alegre, no oeste do Pará, que devolveu um aplicativo para o ensino de física para surdos agora tem uma missão ainda maior: apresentar o projeto em São Paulo. Victoria da Cruz está fazendo campanha para arrecadar recursos e levar toda a equipe para a capital paulista.

Victoria da Cruz ficou em primeiro lugar na Feira de Ciências e Tecnologias da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa) e ganhou uma viagem para a Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace), em São Paulo.

Porém a adolescente não quer ir sozinha com a orientadora e sim levar toda a equipe responsável pelo trabalho. Para isso, a adolescente está realizando campanhas e promovendo uma rifa, para que o grupo consiga recursos para a viagem.

“A gente quer levar a equipe toda, estamos fazendo rifas e vendas. A equipe toda é composta por 4 pessoas, sendo a orientadora e três alunos. Estamos nos mobilizando para participar da Feira”, contou Victoria.

Vários prêmios foram disponibilizados por parceiros que compraram a ideia de ter o projeto desenvolvido por uma representante do oeste do Pará na maior feira de ciências do Brasil.

A Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace) acontece no período de 16 a 20 de março. Em 2019 a história de Victoria ganhou repercussão após a adolescente fazer campanhas e vender trufas para participar da Feira de Ciencias da Ufopa.

O aplicativo

De acordo com a pesquisadora Victória da Cruz, o interesse no estudo nasceu por mera curiosidade. A adolescente de 17 anos começou a se questionar como os alunos surdos faziam para estudar física. Se existiam sinais específicos para os termos da disciplina e a partir daí ela desenvolveu a pesquisa.

“Fomos procurar se existiam esses sinais. E não, eles não existem. Alguns sinais como, gravidade, existem, porém, não é o termo físico e sim a palavra para descrever situação grave”, disse Victória.

O primeiro passo do estudo foi escolher um ramo da física para iniciar a pesquisa. Foi escolhido cinemática, pois é a primeira matéria do 1° ano do ensino médio. Após isso a pesquisadora reuniu com os alunos surdos e professores de física. Foi aí que ela pôde perceber as dificuldades encontradas por ambos.

“Tivemos a ideia do Sci-Libras. O Sci-Libras será um aplicativo que traduzirá para Libras as palavras de física e vice-versa. Já começamos o planejamento do aplicativo, ele será produzido na plataforma Scratch. Os testes do aplicativo deveram iniciar logo no início do ano de 2020”, completou.

Por Dominique Cavaleiro, G1 Santarém — PA

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