Amazônia Legal tem recorde de alerta de desmate para janeiro, aponta Inpe

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(Foto:Reprodução) – Foram 430km² sob alerta de desmatamento, maior número para o mês desde 2016.

A Amazônia Legal bateu mais um recorde de área sob alerta de desmatamento em janeiro: foram 430km² de área sob alerta, o maior número para o mês desde 2016. Os dados são do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). (As informações são do g1)

O recorde já havia sido batido antes do fim do mês, com os dados parciais até 21 de janeiro.

A Amazônia Legal corresponde a 59% do território brasileiro e engloba a área de 8 estados (Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins) e parte do Maranhão.
Áreas sob alerta de desmatamento na Amazônia Legal em janeiro em km² (2016-22)
Amazônia teve área recorde sob alerta de desmate para um mês de janeiro
Fonte: Inpe/Deter

Na semana passada, o Observatório do Clima, rede da sociedade civil que reúne várias instituições em defesa do meio ambiente e da sustentabilidade, lembrou que o mês de janeiro é um mês chuvoso no bioma – e, ainda assim, recordes de desmate têm sido vistos.

“Se a gente está vendo um desmatamento tão alto em um mês que é um dos mais chuvosos e que, historicamente, tem uma das médias mensais mais baixas de desmatamento, porque chove o mês inteiro, esse é um sinal bastante preocupante”, alertou a entidade.

Para Cristiane Mazzetti, gestora ambiental do Greenpeace, é preciso que os governos estaduais e federal invistam em ações conjuntas para combater o desmatamento ilegal.

“Os estados podem até ter colocado um pouco mais de empenho em atividades de fiscalização. No entanto, quando temos um governo federal que se coloca contrário à proteção das florestas e das diversas sinalizações de que o crime ambiental será tolerado e recompensado, esses esforços acabam se anulando”, explica a gestora ambiental.

Dados

Os alertas de desmatamento foram feitos pelo Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), do Inpe, que produz sinais diários de alteração na cobertura florestal para áreas maiores que 3 hectares (0,03 km²), tanto para áreas totalmente desmatadas como para aquelas em processo de degradação florestal (exploração de madeira, mineração, queimadas e outras).

Ele não aponta o dado oficial de desmatamento, mas alerta sobre onde o problema está acontecendo. A medição oficial do desmatamento, feita pelo sistema Prodes, também do Inpe, costuma superar os alertas sinalizados pelo Deter: os últimos dados, divulgados em novembro do ano passado, apontaram que a área desmatada na Amazônia Legal foi de 13.235 km² na temporada de 2020 a 2021 (período que engloba agosto de 2020 a julho de 2021).

A área foi a maior área desde 2006, quando o Prodes apontou 14.286 km² desmatados. A maior taxa na série histórica foi registrada em 2004, quando 27 mil km² de área desmatada foram registradas pelo sistema.

Líderes no desmatamento

Em janeiro, o estado que mais teve áreas sob alerta, segundo o Inpe, não foi o Pará – tradicional “campeão” do desmatamento –, mas Mato Grosso, com 147 km² de área sob alerta. Em seguida veio Rondônia, com 116 km², seguida, então, do Pará, com 67 km².

O quarto lugar ficou com Roraima, com 46 km² de área sob alerta de desmate; depois vieram Amazonas, com 44 km² sob alerta, Acre, com 9 km²; e o Maranhão, com 2 km². Tocantins e Amapá não registraram alertas.

Jornal Folha do Progresso em 11/002/2022/17:41:50

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