‘Asfalto na Cidade’ é suspenso após indícios de irregularidades

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A AGE iniciou investigação preliminar que prevê análise detalhada dos convênios firmados na gestão passada, alvos de ações judiciais em 2018. (Foto: MÁCIO FERREIRA/ AG. PARÁ)
Com base em parecer do Ministério Público Federal (MPF), a Auditoria Geral do Estado (AGE) recomendou a paralisação do programa Asfalto na Cidade. A Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano e Obras Públicas (Sedop) acatou o pedido, enquanto trabalha no levantamento de informações técnicas e administrativas que possam levar à retomada dos serviços.

A AGE iniciou investigação preliminar que prevê análise detalhada dos convênios firmados na gestão passada, alvos de ações judiciais em 2018. “O estudo de planilhas e contratos será minucioso”, diz o auditor geral do Estado, Giussepp Mendes.

De acordo com o MPF, o ex-governador Simão Jatene, o ex-presidente da Assembleia Legislativa Márcio Miranda, a ex-secretária extraordinária de Municípios Sustentáveis Izabela Jatene, o ex-chefe da Casa Civil José Megale e o ex-secretário de Transportes Pedro Abílio Torres do Carmo são investigados por terem cometido crime de abuso de poder político e econômico na execução do programa. O MPF pede a condenação do grupo.

Garantir o melhoramento da malha viária dos municípios paraenses, com obras de recapeamento e asfaltamento, era o objetivo do Asfalto na Cidade, mas, além de não atingir a finalidade, o programa ainda apresenta uma série de irregularidades executivas, que vão desde o não cumprimento de planilhas até a baixa qualidade do asfalto aplicado. Os convênios também não tiveram publicação no Diário Oficial do Estado, como determina a lei.

A Sedop vai encaminhar à AGE e à Procuradoria Geral do Estado (PGE) levantamento técnico detalhado sobre o programa. “A falta de rigor na fiscalização pela gestão passada foi determinante para que tantas irregularidades fossem detectadas”, avalia o titular da Sedop, Ruy Cabral. O secretário conta com o apoio das prefeituras de 96 cidades que receberam obras do programa, para fechar o diagnóstico das ações, que custaram quase R$ 370 milhões aos cofres públicos, no ano passado.

Acionada, a Federação das Associações de Municípios do Estado (Famep) deve intermediar o contato com as prefeituras. “Por enquanto ainda não temos condições de enviar um técnico a cada lugar, por isso os municípios serão fundamentais no nosso trabalho”, afirma Ruy Cabral. Ainda não há previsão para retomada do Asfalto na Cidade.

Por:AGE/ Cacia Medeiros

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