Bebê morre dois dias após tomar vacinas em Marabá

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Os pais de Maria Laura estão inconformados e querem uma investigação para saber o que aconteceu, de fato, com o bebê (Foto:Reprodução / Site Correio de Carajás)

Mãe questiona rasura na caderneta e procedimentos técnicos na UBS Pedro Cavalcante

A morte de uma bebê de quatro meses ganhou ampla repercussão nas redes sociais em Marabá, no sudeste paraense, por conta das circunstâncias em que ocorreu. Na última sexta-feira (25), a criança tomou quatro vacinas na UBS Pedro Cavalcante e, a partir de então, segundo os pais, passou a ficar indisposta. A criança veio a óbito no domingo (27).

Em nota, a Prefeitura Municipal de Marabá informou que a criança já entrou sem sinais vitais no Hospital Materno Infantil (HMI), cuja equipe aconselhou o registro de Boletim de Ocorrência (B.O) e a realização do exame de necropsia para se saber exatamente as causas da morte. (As informações são do site Correio de Carajás).

“O bebê, falecido no dia 27 de fevereiro, deu entrada no Hospital Materno Infantil (HMI) sem sinais vitais. Toda equipe de pediatras e médicos da emergência atuou no caso, realizando todas as manobras para reanimação, incluindo medicamentos e intubação”, diz um trecho da nota divulgada pela Prefeitura Municipal de Marabá.

A Prefeitura Municipal é responsável pelo Hospital Materno Infantil (HMI), para onde a criança foi levada pelos pais no final da tarde do último domingo, após dois dias de a neném ter sido vacinada na UBS Pedro Cavalcante.
Família questiona procedimento na UBS

A mãe da criança, Gracielle da Mata, questiona os procedimentos da equipe técnica da UBS. Ela assegura que chegou à UBS, com a bebê alegre e mamando. “Ela tomou três agulhadas e uma gotinha e retornamos para casa. No sábado, ela já acordou e ficou com a perna encolhida e o local da vacina estava roxo. Ficou dengosinha e molinha, mas a gente achava que era reação normal das vacinas”, afirma a mãe.

Gracielle Mata ressalta não ter tido orientação de que poderiam ser duas vacinas somente, e, sete dias depois, a filha tomaria as outras duas. Gracielle Mata conta ainda que, enquanto ela, o marido e a bebê estavam na sala de vacinação da UBS, aconteceram situações esquisitas.

“Uma moça ia aplicar a vacina, mas acabou chamando outra porque não se sentiu confiável. Houve rasura do lote da vacina na caderneta da minha filha, e uma moça falou que não era o lote certo. Mas o líquido que estava na primeira não foi desprezado, foi aplicado normalmente. Agora que quero saber, que vacina era aquela? A minha filha poderia tomar? Queremos uma investigação”.

No domingo, Gracielle conta que a menina acordou bem, a família saiu para tomar café na rua. “Não estava febril, nem chorando. Mas a perna continuava encolhida. Por volta das 17h, de longe eu a observei dormindo e com a respiração muito ofegante. Falei para o meu esposo que não estava normal, tentei dar de mamar, mas ela se desesperava quando chegava perto do peito”, relata emocionada.
Carteira de vacinação rasurada

A mãe quer explicações sobre o por que a carteira de vacinação da bebê foi rasurada e quer saber qual vacina foi aplicada na filha. Ela recorda que ainda no domingo tentou alimentar a filha, mas não conseguiu. Foi então que ela decidiu ir para um hospital. Disse que no meio do caminho, ela e o esposo encontraram uma viatura policial que indicou o Hospital Materno Infantil.

“Na entrada na Velha Marabá, ela começou a ficar muito mole, comecei a gritar ‘Maria Laura, fala comigo. Fala com a mamãe’. Sacodia, assoprei no rosto dela, e minha filha só foi fechando os olhos e dormindo que nem um anjo. Nem chorou”.

Ao chegar ao HMI, a mãe disse que recebeu todo o suporte de forma rápida, mas acabou recebendo a notícia da morte da bebê. “A gente pede que seja investigado o que aconteceu. Minha filha era perfeita e saudável, e desde a sexta-feira, quando saí daquele postinho, minha filha não era mais a mesma”, disse Gracielle.
Nota da Prefeitura Municipal de Marabá

Em nota, a Prefeitura Municipal de Marabá informou que “o bebê, falecido no dia 27 de fevereiro, deu entrada no Hospital Materno Infantil (HMI) sem sinais vitais. Toda equipe de pediatras e médicos da emergência atuou no caso, realizando todas as manobras para reanimação, incluindo medicamentos e intubação. A própria equipe responsável pelo caso orientou a família que fizesse um boletim de ocorrência e a necropsia da criança para saber exatamente as causas da morte. A mãe do bebê relatou aos pediatras do hospital que na primeira dose da vacina do calendário normal de vacinação de recém-nascidos, a criança havia apresentado reações adversas e que nesta segunda dose as reações aumentaram de proporção. Toda equipe, que fez o procedimento de tentativa de reanimação, está consternada com o fato. O Hospital Materno Infantil aguarda o laudo oficial para poder fazer qualquer pronunciamento posterior”.

O HMI funciona há 14 anos e integra a rede pública municipal de saúde. A unidade é referência materno-infantil de média complexidade para a região sudeste do estado, e tem em média mensal de 500 partos, além de procedimentos cirúrgicos e clínicos.

Jornal Folha do Progresso em 03/03/2022/08:17:13

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