Chacina em bar deixa 11 mortos em Belém

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Policiais em frente ao bar onde a chacina ocorreu: — Foto: Jalilia Messias/TV Liberal

Crime ocorreu na tarde deste domingo no bairro do Guamá, que havia recebido reforço da Força Nacional. Quase todas as vítimas foram baleadas na cabeça. Uma pessoa ficou ferida.
Uma chacina deixou 11 mortos em um bar no bairro do Guamá, em Belém, por volta das 16h deste domingo (19), segundo a polícia. Uma pessoa ficou ferida e está sob proteção policial.
De acordo com as investigações, uma festa ocorria no local quando sete homens encapuzados chegaram em uma moto e três carros e dispararam contra as vítimas. Quase todas foram baleadas na cabeça, segundo o secretário de segurança pública do Pará, Ualame Machado.

Dos 11 mortos, 6 são mulheres e 5 são homens. Um vídeo feito logo após o massacre mostra as vítimas baleadas e caídas pelo estabelecimento, que tinha autorização para funcionar. Uma mulher estava deitada em cima do balcão do bar. Havia mais pessoas no local, mas elas conseguiram fugir, segundo Machado.

Até as 20h, as autoridades havia identificado 7 dos mortos, mas os nomes e as idades não foram divulgados.

A Divisão de Homicídios da Polícia Civil investiga o crime e realiza buscas. Não há informações sobre a motivação do crime e, até a última atualização desta reportagem, ninguém havia sido preso.

“Estamos com poucas horas do ocorrido. Claro que temos algumas linhas de investigação, que estão sob sigilo, porém todas elas serão analisadas com muito cuidado, muito rigor”, afirmou Machado, em entrevista coletiva na noite deste domingo.
Onze pessoas foram mortas em bar de Belém

 Diversas famílias choram próximo ao local do crime (Cláudio Pinheiro / O Liberal)
Diversas famílias choram próximo ao local do crime (Cláudio Pinheiro / O Liberal)

Identificação dos corpos

O Governo do Estado, através da Secretaria de Comunicação, divulgou os nomes das vítimas identificadas na chacina:

Maria Ivanilza Pinheiro Monteiro, 52, conhecida como “Wanda” e proprietária do bar;

Márcio Rogério Silveira Assunção, 37;

Samira Taveres Cavalcante, 35;

Tereza Raquel da Silva Franco, 33, conhecida como “Rayca”;

Flávia Teles Farias da Silva, 32;

Sérgio dos Santos Oliveira, 31;

Paulo Henrique Passos Ferreira, 25, funcionário do bar;

Leandro Breno Tavares da Silva, 22, DJ do estabelecimento na hora do crime;

Meire Helen Sousa Fonseca

Outros dois corpos não foram identificados até às 23 horas de domingo.

O sobrevivente da chacina, Anderson Gonçalves dos Santos, conhecido como “Neguinho”, foi socorrido e encaminhado para a UPA da Terra Firme.

Bairro recebeu Força Nacional

O Guamá é o bairro mais populoso de Belém e um dos sete da região metropolitana da capital paraense que receberam, em março, o reforço no policiamento por parte da Força Nacional, em março, em razão dos elevados níveis de criminalidade.

Ao todo, 274 agentes fazem o patrulhamento nesses locais, batizados de territórios de pacificação pelo governo estadual. Segundo a gestão Helder Barbalho (MDB), houve queda dno número de mortes no primeiro mês de atuação: foram 17, ante 19 nos 30 dias anteriores.

Em todo o estado, o número de mortes violentas caiu no 1º trimestre na comparação com 2018. Foram 756 neste ano, ante 996 no mesmo período do ano passado – uma queda de 24%.
Local da chacina: crime ocorreu em bar no Guamá, bairro pobre da periferia de Belém — Foto: Vitor Sorano/G1 Local da chacina: crime ocorreu em bar no Guamá, bairro pobre da periferia de Belém — Foto: Vitor Sorano/G1

Local da chacina: crime ocorreu em bar no Guamá, bairro pobre da periferia de Belém — Foto: Vitor Sorano/G1

Outras chacinas

A última chacina registrada na Região Metropolitana de Belém havia ocorrido em 1º de janeiro quando 5 pessoas foram mortas no bairro da Cremação por homens encapuzados que chegaram em dois carros.

Em 2018, houve duas. Em abril, 9 pessoas foram mortas em Belém e Ananindeua. Em outubro, oito foram assinados no bairro do Tapanã, na capital.

A maior onda de assassinatos ocorrida no estado foi em janeiro de 2017, quando 28 pessoas foram mortas num intervalo de 24 horas, após o assassinato de um policial militar.

Por Arthur Sobral e Jalilia Messias, G1 PA e TV Liberal — Belém
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 Diversas famílias choram próximo ao local do crime (Cláudio Pinheiro / O Liberal)
Diversas famílias choram próximo ao local do crime (Cláudio Pinheiro / O Liberal)

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