Chance de barragem romper é de 10% a 15%, diz secretário de Ambiente de MG

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Vale: “Todas as avaliações técnicas da empresa foram confirmadas por auditoria independente” (Foto:REUTERS/Denis Balibouse)

Previsão inicial, divulgada pela Defesa Civil, era de que o talude se rompesse entre domingo (19)
A barragem do complexo minerário Vale de Gongo Soco, em Barão de Cocais (MG), tem chance entre 10% e 15% de romper, disse nesta segunda-feira, 20, o secretário estadual de Meio Ambiente de Minas, Germano Vieira, citando inspeção feita por auditoria independente. O colapso da estrutura pode ocorrer caso desmorone o talude, encosta que dá sustentação à mina da Vale.

O desabamento do talude, conforme Vieira, é inevitável, mas pode ser que a barragem resista. “O prognóstico se mantém. Todas as avaliações técnicas da empresa foram confirmadas por auditoria independente. Então, o cenário de ruptura do talude vai acontecer. Não se consegue prognosticar se a data é do 21 a 26, pode ser um dia a mais um dia a menos”, afirmou o secretário.

A previsão inicial, divulgada pela Defesa Civil, era de que o talude se rompesse entre domingo, 19, e o próximo sábado, 25. Segundo Vieira, a movimentação da estrutura já ocorria há oito anos “de maneira natural”, mas se “intensificou nos últimos momentos”. Não é possível dizer, de acordo com o secretário, se o deslizamento ocorrerá ou não de uma só vez.

A Vale ainda identificou outro cenário caso o talude se rompa. Segundo Vieira, a água que está dentro da cava poderia ser expelida com o desmoronamento. Mas neste caso, pelo relevo local, a água desceria para leste, e não para o sentido sul, onde está a barragem.

Colapso da estrutura

O principal temor da Defesa Civil estadual é que o colapso da estrutura provoque um abalo sísmico e o rompimento da barragem Sul Superior, que armazena rejeito de minério de ferro. Em 22 de março, a represa teve seu nível de segurança elevado a 3, que significa ruptura iminente.

De acordo com o Ministério Público de Minas Gerais (MPMGO), a deformação que foi identificada no talude ao norte da mina, uma estrutura feita de escadarias de grandes proporções formadas ao redor da cava, pode provocar a ruptura do talude. Como consequência, o abalo geraria uma vibração no solo capaz de ocasionar a liquefação da barragem de minérios. O rompimento da estrutura levarias a “danos sociais e humanos imensuráveis para a região”, segundo o MPMG.

Transporte de carga

A Vale informou nesta segunda-feira, que paralisou neste domingo, 19, o transporte de carga no ramal de Belo Horizonte, entre Sabará e Barão de Cocais, que é atendido pela Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM). A empresa está avaliando alternativas para minimizar os impactos decorrentes dessa paralisação. A medida, destaca, é preventiva.

Segundo a mineradora, o trem circula nas imediações da cava da mina Gongo Soco, em Barão de Cocais (MG), onde foram identificadas recentemente movimentações no talude Norte da estrutura. “A medida segue em alinhamento com a Agência Nacional de Mineração (ANM), busca preservar a segurança das pessoas e ficará em vigor até que a Vale realize análises de risco mais aprofundadas”, informa, lembrando que a cava e a barragem são monitoradas 24h por dia.

Para o trem de passageiros, acrescenta a empresa, o procedimento já havia sido alterado na quinta-feira, 16, também por tempo indeterminado. Os passageiros que embarcam na estação Belo Horizonte já estão sendo conduzidos até a Estação Dois Irmãos, em Barão de Cocais, por meio de ônibus locados pela empresa. Da Estação de Dois Irmãos, os passageiros seguem viagem por trem. No sentido contrário (Vitória- Belo Horizonte) os passageiros estão desembarcando do trem na Estação Dois Irmãos e seguindo por meio rodoviário até o destino final.

Fonte:Agência Estado
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