Cientistas pedalam para conhecer a Amazônia

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Os três observaram a fragilidade da floresta

Dois cientistas brasileiros e um astronauta americano terminaram ontem (26), no Estado do Amazonas, uma aventura de mais de 1 mil quilômetros sobre bicicletas pela Rodovia Transamazônica, que cruza a Amazônia de leste a oeste. Osvaldo Stella e Paulo Moutinho, do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), e Chris Cassidy, chefe dos astronautas da Nasa (agência espacial norte-americana), fizeram o percurso em 16 dias entre as cidades de Itaituba, no Pará, e Humaitá (AM). Neste intinerário, eles se encantaram com as belezas da floresta e, também, testemunharam desmatamentos, queimadas e garimpos ilegais, além das dificuldades de quem mora ao longo da estrada.

Batizada de Transamazônica +25, a aventura aconteceu 25 anos depois de Osvaldo Stella percorrer a estrada pela primeira vez em uma bicicleta. “Na época, eu estava impactado pela ECO-92”. Ele queria ver de perto o que era a Amazônia. “Aquela viagem marcou minha vida e direcionou minha carreira”, afirma.

Para Chris Cassidy, esta foi uma oportunidade única de ver em outra perspectiva a Amazônia que poucos conhecem, que é a vista do espaço. “Na estação espacial, quando olhamos a Terra, a Amazônia aparece como uma grande mancha verde.”

Todo o percurso foi documentado em vídeo e fotos, que estarão à disposição do público no site http://transamazonica25.org/pb, no Instagram (instagram.com/transamazon25), no Twitter (twitter.com/TransAmazon25) e no Facebook (www.facebook.com/transamazon25).

Os três observaram a fragilidade da floresta e como os recursos naturais são impactados pela ação humana quando não há planejamento para sua ocupação.

Quando a vegetação estava preservada, o clima era mais ameno e a água, mais pura. Essa situação era rapidamente modificada em regiões onde o garimpo ilegal ou a pecuária extensiva haviam derrubado as árvores.

“O primeiro impacto é sobre a qualidade da água, que fica contaminada pelos produtos usados no garimpo, pela erosão do solo ou dejetos do gado. A própria população sente a falta do recurso, e precisa cavar poços”, conta Paulo Moutinho.

As queimadas também assustaram. Em alguns pontos, a fumaça não se dissipava, tornando o céu permanentemente branco. Os aventureiros contaram com a ajuda de moradores e trabalhadores que vivem na área. Eles forneceram água e abrigo durante o trajeto, diz Moutinho, acrescentando que “essas são pessoas esquecidas pelo poder público, envelhecidas pelo trabalho árduo mas que lutam com grande tenacidade”.

Fonte: ORMNews.
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