Culpa da crise’, diz empresário do PA que recebeu R$ 25 mil mas não entregou triciclo encomendado por Whindersson Nunes a fã com paralisia

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Youtuber encomendou há mais de um ano o equipamento para ajudar um fã com paralisia cerebral. O caso foi parar na Justiça.
Um empresário paraense está sendo processado por um seguidor de Whindersson Nunes. A empresa Free Way recebeu R$ 25 mil do maior youtuber do Brasil para produzir um triciclo motorizado para o estudante André Nachtigall. Após um ano, a encomenda ainda não foi entregue e o caso está na Justiça. O empresário paraense, no entanto, diz que não foi notificado pela Justiça e responsabiliza a crise econômica pelo atraso na entrega do aparelho.

Em seu site na internet, a empresa Free Way oferece o material como algo revolucionário para a locomoção de pessoas com deficiência. Por conta disso, André, que tinha sido diagnosticado com paralisia cerebral ainda na infância, esteve empenhado em conseguir dinheiro para comprar o equipamento.

O jovem, que mora em Pelotas, no Rio Grande do Sul, usou o Facebook, em fevereiro do ano passado, para pedir ajuda a Whindersson Nunes. O youtuber atendeu ao pedido e doou todo o valor correspondente ao triciclo, que deveria ser entregue em 3 meses. Porém, após mais de um ano da encomenda, André ainda não recebeu o equipamento.

“O Whindersson viu meu comentário sobre o triciclo em uma postagem dele e disse que comprava o equipamento. Quem também participou disso tudo foi a Honda. A empresa doou o dinheiro da moto na qual seria construído o triciclo pro fabricante do Pará. Mas a empresa sumiu com o dinheiro da Honda e do Whindersson, não comprou a moto e nem fez o triciclo”, declarou André.
O G1 entrou em contato com a Honda e aguarda resposta.

Em novembro do ano passado, mais de seis meses depois do prazo de entrega do equipamento, André resolveu levar o caso à Justiça. “Nós estamos requerendo a entrega do triciclo. Caso não seja possível, vamos tentar conseguir o dinheiro de volta. O Whindersson está tentando me ajudar a conseguir outro triciclo, mas espero que a justiça seja feita”, declarou.

‘Culpa da crise’

O proprietário da empresa, que não quis ter seu nome divulgado, afirmou que o negócio está enfrentando sérios problemas financeiros e por conta disso não entregou o triciclo.

“Estávamos em dificuldades devido à crise. Poderíamos ter feito o mesmo que mais de 250 mil empresas fizeram: fechar e deixar clientes, fornecedores e funcionários na rua. Mas continuamos lutando para tentar nos reerguer”, afirma.
Apesar de ter sido informado pelo cliente de que o processo foi levado à Justiça, a empresa não foi notificada sobre nenhuma ação judicial o cumprimento do contrato. “Vamos aguardar o desenrolar. Se ele ainda quiser de fato o triciclo podemos definir uma data”, comenta.

André afirma que já tentou acordo com o empresário, mas não conseguiu o contato. “Eu não consigo contato com ele. Ele bloqueou o número que eu entrava em contato. Ele me mandava mensagem pelo celular dizendo que o produto estava atrasado, até que um dia ele parou de me responder. Ele não dá a chance de um acordo”, afirmou.

Além disso, o empresário afirma que o processo pode atrasar a entrega do equipamento. “Hoje, com essa repercussão negativa, estamos sendo afetados. Alguns negócios que estavam em andamento foram cancelados. Ou seja, a intenção de vingança pelo atraso afastou mais ainda a possibilidade de solução imediata”, declara.
André afirma que não se trata de vingança. Segundo o estudante, a justiça deve prevalecer. “Eu só tô pedindo uma coisa que já está totalmente paga. Tinha que ter recebido o triciclo em maio do ano passado. Já tem um ano de atraso”, comentou.

O triciclo do modelo Modelo PCX 150, fabricado pela empresa Free Way (Foto: Reprodução/ Free Way)
O triciclo do modelo Modelo PCX 150, fabricado pela empresa Free Way (Foto: Reprodução/ Free Way)

Por G1 PA, Belém

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