Devastação ainda ameaça recursos naturais no Pará.

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São muitos os fatos e histórias contados por O LIBERAL ao longo dos seus 70 anos de existência. Alguns dos mais recorrentes são temas relacionados ao desmatamento e às queimadas na Amazônia. Geralmente, são dados alarmantes que preocupam não só quem vive na região, mas também ambientalistas, Organizações Não Governamentais (ONGs), comunidades e governos. Constantemente, o jornal noticia boletins com os números da devastação, principalmente os emitidos pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon). O Instituto atua com políticas ambientais por meio de análises sobre cenários de devastação e seus impactos potenciais.

Em julho deste ano, o Imazon divulgou mais um boletim com dados nada animadores. Houve um aumento de 51% no desmatamento no Estado de agosto de 2015 a junho de 2016. Foram 966 km², se comparado ao índice registrado no mesmo período anterior – de 492 km². Embora os dados sejam preocupantes, a dinâmica do desmatamento ainda se concentra na região oeste do Estado, ao redor de Novo Progresso e Castelo dos Sonhos, principalmente em áreas federais. Nas áreas estaduais, o principal foco ocorre na APA Triunfo do Xingu, que fica entre São Félix do Xingu e Altamira.

Outro aliado no enfrentamento dos problemas relacionados ao desmatamento na Amazônia é o Programa Municípios Verdes (PMV), criado pelo Governo do Pará, em 2011. O programa foi desenvolvido em parceria com municípios, sociedade civil, iniciativa privada, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e Ministério Público Federal (MPF). O objetivo é o de combater o desmatamento no Estado, fortalecer a produção rural sustentável por meio de ações estratégicas de ordenamento ambiental e fundiário e também de gestão ambiental.

Para Justiniano Neto, secretário extraordinário do PMV, o programa, em parceria com outros órgãos, como o Imazon, por exemplo, trabalha para inovar e implantar novos instrumentos de incentivos e apoio à conservação ambiental, “sem obviamente, descuidar da fiscalização, que sempre será necessária para uma pequena minoria que insiste nas práticas de desmatamento ilegal”.

Em relação ao PMV, o maior desafio, segundo ele, é o de conseguir atender e engajar todos os municípios participantes e, ao mesmo tempo, inaugurar uma agenda de incentivos econômicos para a conservação ambiental. “Precisamos, cada vez mais, de benefícios concretos para os produtores rurais que fazem a boa gestão dos seus negócios”.

Como parte fundamental na divulgação de dados que envolvam a Amazônia, O LIBERAL, ao completar 70 anos, tem sua importância, afirma o secretário. “O veículo tem sido um grande promotor e divulgador das políticas de sustentabilidade e boa gestão pública nessa área. Através da Revista Municípios Verdes e de várias outras matérias sobre o tema, tem disseminado a informação e as boas práticas na agenda socioambiental paraense, contribuindo de forma qualificada com o programa”, disse.

Ainda segundo Justiniano, a continuidade da parceria é fundamental. “Cada vez mais é preciso informar a sociedade em geral e os gestores públicos em particular, da importância em priorizar e construir políticas públicas que apoiem modelos de desenvolvimento sustentáveis. Temos vários exemplos e caminhos a seguir, muitos dos quais tem sido retratados de forma brilhante nas páginas de O LIBERAL”, finaliza.

DESTAQUE

Em outubro as ações na área ambiental desenvolvidas pelo Pará foram destaques escolhidos pelo Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) para apresentação em seminário sobre a gestão do Fundo Amazônia, em Oslo, na Noruega. O encontro anual reúne doadores, investidores, gestores e especialistas para acompanhar os resultados dos projetos apoiados pelo fundo. O Pará foi chamado para apresentar o avanço realizado no fortalecimento da gestão ambiental local, através da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) e o Programa Municípios Verdes (PMV) e com o aumento nos índices do Cadastro Ambiental Rural (CAR).

O Liberal –

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