Ex-jogador se aposenta dos gramados e assume cargo político no Pará

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Foto: Reprodução | Fidelis, que já vestiu as camisas da Tuna, Castanhal, Paragominas e Bragantino, assumiu o cargo de secretário de Esporte na cidade de Bonito (PA)

Uma das profissões com a carreira mais curta é a de jogador de futebol. Passou dos 34, 35 anos, muitos atletas começam a ser questionados por torcedores sobre a funcionalidade dele em campo. Lógico que existem vários exemplos de atletas que atuam até mesmo depois dos 40, mas a hora de “pendurar as chuteiras” é difícil e requer sabedoria no pós-termino. Um que deixou os gramados de lado e resolveu aceitar o convite para trabalhar em um cargo político foi o ex-atacante Fidelis, que atuou por vários clubes paraenses.

Em entrevista ao O Liberal, Fidelis falou da nova profissão de secretário de esportes da cidade de Bonito (PA), dos desafios que é encarara outra rotina, além de como encarou encerrar a carreira de jogador e a força que recebeu de sua família.

Fidelis jogou no futebol paraense por várias temporadas e defendeu o Paragominas, São Francisco, Carajás, Independente de Tucuruí, Bragantino, Castanhal, Esmac, Tuna Luso e seu último clube foi o Caeté, no Parazão de 2024, quando esteve em campo 10 vezes e marcou dois gols. O agora secretário de esporte explicou como foi a decisão de parar e o quanto estar em campo faz falta no seu dia a dia.

“O jogador de futebol morre duas vezes, quando para de jogar e quando ele morre mesmo. Recebi o convite do Prefeito Alex e do Vice Álvaro para ser secretário de esportes no município de Bonito/PA. Eu, minha esposa, meus pais e irmã pensamos o quanto eu posso contribuir para o esporte estando fora dos gramados, já que tenho 36 anos e a carreira como atleta estava muito mais perto do fim”, disse.

Decisão difícil, mas bem pensada

O ex-atacante falou que a decisão foi muito bem pensada e que isso serviu de motivação para desempenhar um bom papel à frente da secretaria de Bonito (PA).

“A decisão foi muito bem pensada. Acredito que tenho totais condições de continuar jogando, mas resolvemos aceitar e aqui estou de coração aberto cheio de vontade. Muito feliz e motivado com a certeza que iremos fazer Bonito pelo esporte da cidade”, comentou.

Fidelis em campo com a camisa do Tubarão do Caeté (Decom Bragantino)

O esporte muda as vidas das pessoas

Para Fidelis, ser ex-atleta contribui bastante para o seu trabalho na secretaria de esporte. Fideliz revelou ainda que o trabalho com os jovens é o foco principal é mostrar a importância do esporte na vida deles e que elas podem ser transformadas.

“Essa nova carreira na prática é tranquila, já que sou ex-atleta. A maior dificuldade é fazer os jovens entenderem que o esporte pode mudar a vida deles e de seus familiares”, disse.

Fidelis dando entrevista quando atuava pelo Bragantino (@gamalieltarsos)

Saudade

Com o enceramento da carreira recente, Fidelis ainda sente saudades de algumas rotinas do futebol. Ele citou algumas práticas comuns em quem desempenha a profissão de atleta profissional, mas que hoje “não rolam” mais.

“Sinto saudade dos dias de jogos, tanto em casa com carinho do torcedor e fora com aquela pressão, clima hostil. Saudade das resenhas diárias com os atletas e comissão e dos bichos [valor recebido por vitórias]”, falou.

Família

Se por um lado a vida de atleta causa um pouco de saudade, outra saudade está sendo aliviada com essa nova carreira de Fidelis. A família do ex-jogador agradece pelo convívio diário e com a presença dele em momentos importantes e datas comemorativas.

“Hoje tenho mais tempo com a família, posso me programar para viagens, participar de aniversários dos familiares e outras datas festivas. No futebol é muito intenso com rotina de treino, hotel, jogo e quase um dia de ‘folga’, que na verdade não é folga, pois temos que reapresentarmos no clube para fazermos as atividades de recuperação muscular e aí depois treina, concentra, joga e assim sucessivamente”, relembrou.

O ex-jogador Fidelis e seus familiaresO ex-jogador Fidelis e seus familiares (Arquivo pessoal)

Sonho realizado

Aos 36 anos e com família próxima e com uma nova carreira pela frente, Fidelis afirmou ser uma pessoa feliz e realizada por tudo que conseguiu ao longo dos anos dentro de campo. O sonho de ser atleta profissional e ajudar os seus familiares foi concluído com sucesso.

“Me sinto muito feliz. Realizei o meu maior sonho que era ser jogador profissional de futebol, e através dele pude conhecer outros países, outros estados, outras culturas, fazer amizades e construir uma família, já que casei e moro aqui no Pará há oito anos”, finalizou.

Fonte:  O Liberal e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 29/01/2025/06:08:24

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