Ex-prefeito tinha lista de “marcados para morrer”

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Ex- prefeito “Pé de Boto” foi um dos coordenadores da campanha para a reeleição de Simão Jatene na região e chegou a ser preso na época. (Foto: Agência Pará)

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Soltos e sem que a justiça sequer tenha ainda designado um juiz para cuidar do processo, os doze acusados de participação no grupo de extermínio de 42 pessoas em Igarapé-Miri estão ameaçando de morte três testemunhas residentes naquele município, segundo denunciou ontem em entrevista o procurador de Justiça, Nelson Medrado.

O líder do grupo de extermínio, segundo resultado da “Operação Patuá”, realizada em outubro do ano passado, seria o ex-prefeito do município, Ailson Santa Maria do Amaral, o “Pé de Boto”, tendo como braço direito seu secretário de Obras, Ruzol Gonçalves, o filho deste, um irmão do prefeito e um segurança de “Pé de Boto” de alcunha “Boi”, além de sete policiais militares.

“A Justiça precisa indicar com urgência um juiz para cuidar desse caso. Enquanto isso não acontecer haverá impunidade dos acusados e isso os estimula a fazer ameaças contra as testemunhas. Não aceito isso e estou muito preocupado com a segurança e a vida dessas pessoas”, afirmou Medrado, que durante a entrevista tinha ao seu lado o promotor de Justiça de Igarapé-Miri, Harrison Bezerra, um dos responsáveis pelas investigações. O Ministério Público defende que a prisão preventiva do prefeito e de seus comparsas seja decretada como garantia da ordem pública, conveniência da instrução criminal e aplicação da lei penal.

O procurador entregou ao DIÁRIO e a outros jornalistas um DVD com centenas de fotos de pessoas com ficha criminal na polícia de Igarapé-Miri, mas que estavam em poder de “Pé de Boto” no posto de combustíveis 3 Irmãos, de propriedade do ex-prefeito. Medrado exibiu num telão as fotografias, informando que o prefeito pretendia matar outras pessoas, de uma lista imensa de “marcados para morrer”. Ao todo, mais de 200 fotografias foram exibidas. Um dos marcados pela inscrição “sal”, abaixo da fotografia, segundo o procurador, já teria sido assassinado. Foram feitas cópias desse DVD, porque o original apreendido será periciado pelo Instituto de Criminalística Renato Chaves.

“Pé de Boto” marcou os bairros de Igarapé-Miri onde moram os que têm ficha policial. E, com base na listagem, foto e situação de cada um, decidia quem iria viver ou morrer, numa espécie de faxina social de “vagabundos” e “pilas”, ou “pilantras”, por ele cognominados. A matança fazia parte de promessa de campanha do prefeito para angariar os votos da população. A promotoria da comarca chegou a estranhar, durante os flagrantes prisões, o elevado número de presos com drogas.

A suspeita é de que, em muitos casos, o prefeito e seus comandados nos crimes, “plantavam” as drogas na hora das prisões de suas vítimas. Algumas pessoas, escolhidas a dedo, eram levadas por policiais militares para locais incertos e executadas friamente.

À espera de juiz, região vive na sombra dos acusados

Medrado informou que pretende nos próximos dias ter uma audiência com o novo presidente do Tribunal de Justiça do Estado (TJE), desembargador Constantino Guerreiro, para expor a ele o problema e encontrar uma solução. Para se ter ideia na demora em definir um juiz para atuar no processo, a ação penal foi formalizada pelo Ministério Público ao Tribunal de Justiça no dia 04 de outubro de 2014, por intermédio da 7ª Procuradoria de Justiça – Núcleo de Combate à Improbidade Administrativa e Corrupção. No dia 19 de dezembro a ação foi encaminhada à Vara especializada de combate ao crime organizado.

No dia 4 de fevereiro passado, o juiz Wagner Soares da Costa, respondendo pela Vara de combate ao crime organizado declinou da competência para processamento e julgamento do caso, encaminhando-o ao juízo da comarca de Igarapé Miri. Para justificar sua decisão de não ficar com o processo, Wagner da Costa alegou que é juiz da Vara de Crime Organizado e não de “crimes dolosos contra a vida, ainda que praticados por grupos criminosos” – a base da acusação do Ministério Público contra “Pé de Boto” e os outros onze citados na denúncia. Assim, para o juiz, ele não teria competência para julgar a ação.

Para Medrado, o juiz de Igarapé-Miri, para onde o processo foi remetido, “não se sentirá à vontade para ficar sozinho com esse caso, porque lá é o domicílio dos acusados, principalmente do ex-prefeito, um homem que embora afastado do cargo pela Justiça Eleitoral ainda é tão poderoso quanto temido”. Além disso, os policiais militares denunciados e que aparecem como executores dos homicídios, ainda atuam na região como se nada tivesse acontecido.

O promotor Harrison Bezerra disse ao DIÁRIO que não teme continuar atuando no processo. “Não é questão de ter ou não ter medo, mas uma missão a cumprir, um dever constitucional”, emendou. Os doze denunciados devem responder judicialmente pelos crimes de participação em organização criminosa, homicídio consumado e tentado em atividade de extermínio, denunciação caluniosa e obstrução no curso da investigação.

De acordo com a denúncia, os réus constituíram um grupo de extermínio responsável por diversos crimes e homicídio na cidade, sob o pretexto de “limpar” o município de Igarapé Miri da criminalidade. Das três testemunhas de acusação que figuram no processo, umas delas conseguiu escapar de uma execução, mas ainda hoje tem duas balas encravadas no corpo. Essa testemunha ainda chegou a fazer parte do Programa de Proteção a Testemunhas e Vítimas de Violência (Provita), mas pediu para sair, por se sentir longe da família, e decidiu voltar para Igarapé-Miri. As outras duas testemunhas moram na cidade. As três correm perigo de vida, de acordo com Medrado.

A QUADRILHA

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A organização criminosa que se valia de policiais militares era composta pelos seguintes integrantes, segundo denúncia oferecida à Justiça pelo Ministério Público:

1 – Ailson Santa Maria do Amaral, vulgo “Pé de Boto”, prefeito municipal de Igarapé-Miri e chefe da quadrilha
2 – Amilton Nazareno Santa Maria do Amaral, irmão de “Pé de Boto”
3 – Ruzol Gonçalves Neto, vulgo “Ruzol” ou “Ruzo”, secretário Municipal de Obras e Infraestrutura de Igarapé-Miri
4 – Rafael da Silva Neto, filho de Ruzol
5 – Paulo Sérgio Fortes Fonseca, vulgo “Cabão”, policial militar
6 – Marcelo Matias de Jesus, vulgo “Matias”, policial militar
7 – Silvio André Alves de Souza, vulgo “CB Silvio” ou “Beiçudo”, policial militar
8 – Marco Afonso Muniz Palheta, vulgo “Cabo Muniz”, policial militar
9 – Rivadávia Alves dos Santos, vulgo “Sargento Rivadavia”, policial militar
10 – Dilson Harlen Nascimento Nunes, vulgo “Cabo Dilson”, policial militar
11 – Edson Carlos Souza, policial militar
12 – Everaldo Lobato Vinagre, vulgo “Boi”
(Diário do Pará)

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