Hang condenado à prisão: ‘Tive que ficar de cama’, diz arquiteto chamado de ‘esquerdopata’ pelo empresário

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(Foto:Reprodução)- O arquiteto Humberto Tadeu Hickel comentou nesta quarta-feira a condenação de Luciano Hang, proprietário das lojas Havan e apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro, por difamação e injúria contra ele. A vítima contou ao GLOBO que o vídeo publicado pelo empresário, no qual foi chamado de “esquerdopata”, fez com que recebesse “centenas de xingamentos”. E, como resultado, chegou a ficar acamado. Hang foi sentenciado à pena de reclusão, convertida em prestação de serviços comunitários, por decisão da 1ª Câmara Especial Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul.

O caso teve início em 2020, quando Hang publicou um vídeo em sua página no Facebook atacando Hickel, que se opunha à instalação de uma “estátua da liberdade” em frente a uma nova filial da Havan em Canela.

No vídeo, Hang usou termos ofensivos, chamando Hickel de “esquerdopata” e sugerindo que ele “vá para Cuba que o pariu”, após o arquiteto liderar uma campanha contra o projeto por considerá-lo um “pastiche” que desrespeitava o ambiente urbano e o Plano Diretor municipal.
Humberto Tadeu Hickel, vítima das ofensas proferidas por Luciano Hang, condenado por ter chamado Hickel de “esquerdopata” e sugerido que ele “vá para Cuba”, após o arquiteto ter liderado campanha contra a instalação de uma “estátua da liberdade” — Foto: Arquivo Pessoal

Humberto Tadeu Hickel, vítima das ofensas proferidas por Luciano Hang, condenado por ter chamado Hickel de "esquerdopata" e sugerido que ele "vá para Cuba", após o arquiteto ter liderado campanha contra a instalação de uma "estátua da liberdade" — Foto: Arquivo Pessoal
Humberto Tadeu Hickel, vítima das ofensas proferidas por Luciano Hang, condenado por ter chamado Hickel de “esquerdopata” e sugerido que ele “vá para Cuba”, após o arquiteto ter liderado campanha contra a instalação de uma “estátua da liberdade” — Foto: Arquivo Pessoal

A sentença, proferida dia 23 de julho durante uma sessão telepresencial, estabeleceu penas de 1 ano e 4 meses de reclusão, além de 4 meses de detenção, ambas em regime aberto. Contudo, essas penas foram convertidas em prestação de serviços comunitários e pagamento de uma indenização de 35 salários mínimos a Hickel. Além disso, Hang foi multado em 20 dias-multa, com cada dia avaliado em 10 salários mínimos, totalizando cerca de 300 mil reais.

Ataques pessoais

Hickel comentou a decisão judicial em mensagem enviada ao GLOBO. Ele disse que, ao longo de sua carreira, sempre debateu aspectos urbanísticos de maneira técnica e respeitosa junto à prefeitura do município.

“Tínhamos nossa opinião técnica bem recebida pela Prefeitura de Canela, debatíamos aspectos urbanísticos com técnicos e consultores, e nunca fomos atacados pessoalmente”, afirmou Hickel.

No entanto, no caso envolvendo Hang, ele afirmou que o debate foi substituído por ataques pessoais e desqualificações, além de ter recebido ameaças.

“Nesse caso não houve um contraponto técnico ou urbanístico, apenas esse vídeo do Luciano Hang com a minha foto, expondo aos seguidores dele que eu seria um engodo, uma piada, que eu teria interesses escusos, que eu me embriagaria pela manhã em vez de tomar café, e fez declarações de que eu deveria ir para outro lugar, que eu não pertenceria à cidade onde resido, no fim chegou a fazer um trocadilho que todos entenderam envolvendo até minha mãe”, escreveu Hickel.

Após a publicação da postagem, o arquiteto relata que foi alvo de apoiadores do empresário.

“Depois do vídeo recebi centenas de xingamentos de pessoas que inundaram minhas redes sociais para me ofender, e inclusive ameaças. Tive que ficar de cama porque faço acompanhamento com cardiologista e afetou minha saúde. Além disso, tive que mudar meus hábitos e deixar de andar com meus netos pelas ruas de Canela, como costumava fazer, o que me entristeceu muito”, lamentou o arquiteto.

O arquiteto destacou que, embora preferisse não ter passado por essa situação, espera que a decisão judicial contribua para um ambiente mais respeitoso nas redes sociais.

“Espero que isso possa trazer um ambiente mais construtivo e pacífico, onde as pessoas possam expressar suas ideias e debater assuntos importantes sem ataques pessoais”, disse.

Ele acrescentou que espera, com a decisão judicial, que as redes sociais podem se tornar um ambiente mais construtivo e pacífico, com mais liberdade para as pessoas expressarem suas ideias e inclusive debaterem assuntos importantes.

Empresário vai recorrer

Ao GLOBO, Hang adiantou que vai recorrer da decisão. “O Brasil é um país extremamente perigoso para um empreendedor. Na busca de gerar empregos e desenvolvimento, pode ser processado criminalmente por pessoas que se utilizam de ideologias ultrapassadas para impedir a construção de empreendimentos. É o que está acontecendo neste caso. Um absurdo. É inaceitável que debates políticos sejam punidos tirando o direito à liberdade de expressão”, afirmou em nota.

Fonte:O GLOBO   e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 25/07/2024/10:55:11

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