Ibama vai investigar vídeo em que pescadores aparecem comemorando após abaterem jacaré gigante em rio no AC

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Pescadores capturam e matam jacaré em rio no Acre e Ibama vai apurar caso — Foto: Reprodução

Imagens começaram a circular nas redes sociais nessa quarta-feira (10). Pescadores relatam no vídeo que captura foi feita no Rio Iquiri, que fica na cidade de Senador Guiomar, no interior do Acre.

Pescadores capturam e matam jacaré em rio no Acre e Ibama vai apurar caso

Um grupo de pescadores capturou e matou um jacaré de cerca de 4 metros e decidiu filmar a ação e postar nas redes sociais. O vídeo viralizou nessa quarta-feira (10) e o caso foi parar no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) no Acre.

Nas imagens, aparecem dois homens ao lado do animal, que já está morto e virado de peito para cima. Um dos pescadores chega a bater na barriga do jacaré e depois monta no animal ao comemorar o abate.

Os pescadores relatam no vídeo que a captura foi feita no Rio Iquiri, que fica na cidade de Senador Guiomard, no interior do Acre.

“A gente pega assim jacaré, a gente pesca assim. Olha o que a gente faz. Só o pequeno, o neném, o grande nós vamos pegar mais tarde. Olha aqui o pé dele. Olha meu parceiro, olha a boca dele, do pequeno. Isso aqui é o trabalho que eu faço no Iquiri, para não rasgar a malhadeira”, disse um dos homens.

Ao g1, a superintendente substituta do Ibama no Acre, Melissa Machado, informou que tomou conhecimento do vídeo, mas que nada foi formalizado até esta quinta-feira (11) no órgão. “Teremos uma reunião interna para tratar do assunto que está marcada para esta sexta (12)”, disse. Após o encontro, o órgão ambiental deve decidir se vai tomar alguma medida em relação a caso.

O comandante do Batalhão Ambiental da Polícia Militar do Acre, tenente-coronel Kleison Albuquerque afirmou que o caso não foi atendido pela equipe policial, por não se tratar de um flagrante.

“Não chegou nada pra gente no momento que estava ocorrendo essa situação, esses casos em locais que são mais isolados, geralmente recebemos somente as imagens depois. Aí, infelizmente, não temos competência legal para atuar nesses casos, porque não tem mais como prender. Então, fica a cargo da Polícia Civil investigar e responsabilizar”, afirmou.

A reportagem entrou em contato com o delegado da cidade de Senador Guiomar, Carlos Bayma, que também afirmou não ter conhecimento da situação.

Espécie

A bióloga Joseline Guimarães identificou a espécie. Conhecida popularmente como jacaré-açu (Melanosuchus niger), o animal é endêmica da Amazônia e é o maior de todas as espécies. Os machos podem ultrapassar 5 metros. Essa espécie ocorre, em geral, nas áreas de várzea, nos paranãs (pequenos rios que ligam rios maiores) e nas matas alagadas.

“Animal adulto, tem sua distribuição geográfica na bacia amazônica em 7 países da América do Sul, no momento, segundo levantamento da IUCN [União Internacional para Conservação da Natureza] tem baixo risco de extinção. Cenas como essa nos entristecem pela total falta de respeito pela espécie que é topo de cadeia alimentar, responsável pelo equilíbrio do ecossistema aquático”, disse a bióloga.

Alguns jacarés dessa espécie, quando adultos, podem ser predadores de qualquer animal de seu habitat, inclusive outros predadores de topo, como pumas, onças, jiboias e sucuris, se forem surpreendidos por esses répteis. Normalmente, se alimenta de pequenos animais, como tartarugas, peixes, capivaras e veados.

Crime ambiental

Matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna silvestre, nativos ou em rota migratória, sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente, é crime, segundo o artigo 29 da Lei de Crimes Ambientais.

Segundo a legislação, a pena é de detenção de seis meses a um ano, além de multa. Incorre ainda, nas mesmas sanções, quem modifica, danifica ou destrói ninho, abrigo ou criadouro natural ou vende, expõe à venda, exporta ou adquire, guarda, tem em cativeiro ou depósito, utiliza ou transporta ovos, larvas ou espécimes da fauna silvestre.

Fonte G1/ Publicado Por:Jornal Folha do Progresso em 13/05/2023/16:31:35

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