Mãe de bebê estuprada e morta vai responder pela morte de homem arrancado de delegacia e queimado vivo no Amazonas

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(Foto: Divulgação) –  A Polícia Civil conta que ela teve ligação direta com o linchamento e ainda destruiu veículo e partes da delegacia.

A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) prendeu, na quinta-feira (21), quatro pessoas suspeitas de participação no linchamento de um homem de 48 anos em Jutaí, município a 750 quilômetros de Manaus.O crime aconteceu em setembro deste ano, após a vítima confessar ter estuprado e assassinado uma criança de apenas 1 ano. As prisões foram realizadas pela 56ª Delegacia Interativa de Polícia (DIP) de Jutaí, com apoio do Departamento de Polícia do Interior (DPI) e da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (Core-AM).

Os detidos foram identificados como Abraão Lopes Ferreira, de 32 anos; David Araújo Freitas, de 23; Mateus Soares Lopes, de 25; e uma mulher de 19 anos, que seria a mãe da criança assassinada. Eles responderão por homicídio qualificado, vilipêndio a cadáver, dano qualificado, incitação ao crime e resistência qualificada. Além dos quatro presos, a polícia revelou que 12 outras pessoas foram formalmente indiciadas pelos mesmos crimes. Outras 12 foram apontadas por vilipêndio a cadáver, resistência qualificada e explosão.

Ainda de acordo com a PC, a mãe da criança teria entrado na delegacia e agredido o suspeito a pauladas, logo após teria queimado uma motocicleta da delegacia e ainda convidou outras pessoas invadir a delegacia.

O início das investigações

O caso começou a ser investigado após o desaparecimento da criança, comunicado pela mãe no dia 17 de setembro. Segundo ela, a última vez que viu o filho foi enquanto dormiam em um flutuante no porto de Jutaí. Após receber a denúncia, a equipe da 56ª DIP deu início às diligências e, em menos de 24 horas, descobriu que a criança havia sido vítima de estupro seguido de homicídio.

Ao saber que era investigado, o autor do crime, cuja identidade não foi divulgada, se apresentou espontaneamente à delegacia e confessou os delitos. Durante o interrogatório, no entanto, a população local invadiu o prédio da delegacia, retirou o suspeito do local e o linchou até a morte.

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Atos de barbárie

De acordo com a polícia, o linchamento foi acompanhado de atos de vilipêndio ao cadáver, que geraram forte comoção e indignação no município. Os suspeitos ainda incendiaram parte da delegacia e destruíram documentos e bens públicos. Para conter o tumulto e retomar a ordem, foi necessária a mobilização de forças policiais adicionais.

Próximos passos

A PC-AM afirmou que o inquérito sobre o caso foi concluído com a identificação dos envolvidos, mas outras diligências podem ser realizadas para identificar possíveis cúmplices. As autoridades destacam a gravidade do caso, tanto pelo crime inicial quanto pelo ato de justiçamento promovido pela população, que gerou uma série de outros crimes.

A prisão dos quatro suspeitos marca um passo importante na responsabilização dos envolvidos. A polícia reforçou que atos de vingança e linchamento são inaceitáveis e serão combatidos com rigor, mesmo diante de crimes bárbaros como o ocorrido em Jutaí. O caso segue em análise pelo sistema judiciário.

Fonte: AM POST e  Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 25/11/2024/15:45:50

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