Mais um Policial Militar é morto a tiros e número de PMs mortos em 2017 chega a 22 no ano

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Num intervalo de aproximadamente 5 horas, ontem (1), um policial militar foi assassinado e outro sofreu uma tentativa de homicídio, na Região Metropolitana de Belém. Os crimes aconteceram nos bairros da Pedreira, na capital, e Aurá, em Ananindeua. Uma tarde sangrenta, na qual aumentou para 15 o número de policiais feridos e para 25 o de militares mortos de forma violenta no Pará, em 2017. Do total, 22 foram assassinados – sendo 3 bombeiros e 19 policiais.

No fim da tarde, por volta das 17h, a comunidade do bairro do Aurá praticamente parou para assistir ao trabalho que a perícia criminal fez na Estrada do Aurá. A pouco mais de 500 metros de um fim de linha de ônibus, o cabo PM Gelásio Estumano Marques Júnior, do Batalhão de Polícia Penitenciária, foi executado a tiros, quando seguia de motocicleta para um sítio que tinha no fim daquela via.

No caminho, ele foi interceptado por um carro, modelo Fiat Palio, cor cinza grafite, que bateu na moto do policial, derrubando-o no chão. Após a queda, homens que estavam no carro escuro desceram, roubaram a arma do policial o balearam 8 vezes – 7 delas atingiram a cabeça da vítima. Não restam dúvidas de que o caso se trata de uma execução sumária.

Arma roubada

A arma que Gelásio usava foi roubada. A perícia criminal constatou que os tiros que ceifaram a vida do policial foram disparados de pistolas de calibre 380 e ponto 40 – armas que deveriam ser de uso exclusivo da polícia.

O carro usado pelos assassinos foi encontrado a uma distância de quase 2 quilômetros do local onde Gelásio foi morto. O veículo teve o pneu dianteiro, do lado esquerdo estourado, e foi abandonado na beira da pista, numa área de mata. O veículo também foi periciado.
Equipes da Divisão de Homicídios e da Delegacia de Polícia Civil do bairro estiveram no local dando inicio às investigações. Os policiais descobriram que o cabo Gelásio já tinha registrado ocorrência na Corregedoria da PM, na qual relatava que estava sofrendo ameaças de morte.

Inclusive, por causa disso, estava evitando sair junto com familiares – para evitar que eles também fossem feridos ou assassinados. Não foi divulgada nenhuma informação a respeito de quem teria feito as ameaças contra o policial.
Policiais militares montaram uma operação e saíram em busca de possíveis suspeitos. Até o helicóptero da Polícia Militar foi usado, mas até o fechamento dessa edição nenhum suspeito havia sido preso.

Outro PM foi baleado após deixar moto em frente de oficina

O assassinato do cabo Gelasio aconteceu menos de 5 horas depois que outro policial militar foi vítima de uma tentativa de homicídio. Identificado apenas como cabo PM Leno (o nome dele é Heleno Arnould), ele tinha acabado de estacionar a sua motocicleta em frente a uma oficina mecânica na travessa Timbó, próximo à Antônio Everdosa, no bairro do Pedreira, quando foi surpreendido por dois suspeitos que se aproximaram num carro, modelo Fiat Palio, cor vermelha. Um dos suspeitos – que aparentava ser adolescente – desceu do carro e efetuou vários disparos contra o policial, que reagiu e trocou tiros com os suspeitos.

O militar foi atingido na perna direita. Ferido, o cabo Leno foi levado para um hospital particular e, segundo a Polícia Militar, o seu quadro clínico é considerado estável.

Viaturas da PM passaram pela área à procura dos suspeitos. O carro foi localizado no conjunto CDP, em Val-de-Cans. Na área onde aconteceu a tentativa de homicídio, a população ficou assustada. As marcas da violência ficaram nas janelas e paredes das casas vizinhas onde aconteceu a troca de tiros. Um carro particular teve o para-brisa traseiro destruído pelas balas.

22 PMs mortos em 7 meses

A violência contra policiais militares parece mesmo não ter fim no Pará. Entre o dia 1 de janeiro deste ano e a tarde de ontem, 25 deles tiveram morte violenta. Do total, 22 foram assassinados, sendo 3 bombeiros. Ontem de tarde o cabo PM Gelásio Estumano Marques Júnior foi morto a tiros. Ano passado foram 25 os mortos.

Mas os números chocantes não param por aí. Com o baleamento do também cabo PM Heleno Arnould, já são 15 os PMs feridos a tiros este ano. Se os ataques não poupam sequer os servidores pagos com nossos impostos para garantir nossa segurança, imagine então o cidadão comum.

Fonte: DOL.
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