Ministério Público do Pará requer novas diligências e pede prisão preventiva de acusada de matar a própria mãe

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(Foto:Reprodução)  – Caso ocorreu em janeiro deste ano no bairro da Batista Campos, em Belém. Na época, o irmão da acusada foi preso pelo assassinato da genitora.

O Ministério Público do Estado do Pará (MPPA) ofereceu novo aditamento à denúncia criminal e pediu prisão preventiva de Juliana Giugni Cavalcante Soriano de Mello, acusada do homicídio triplamente qualificado por assassinar a própria mãe. O crime ocorreu no dia 18 de janeiro deste ano no bairro da Batista Campos, em Belém.

O caso recebeu novos depoimentos de testemunhas que relataram que a acusada retirou objetos do apartamento, alguns dias após o crime ter ocorrido. De acordo com o processo do MPPA, que está sendo acompanhado pelo promotor de justiça de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, Franklin Lobato Prado, a primeira testemunha ouvida foi uma funcionária do condomínio, que relatou que a ré solicitou a retirada do colchão onde a mãe foi assassinada, com o pretexto de que os vizinhos estariam reclamando do cheiro de sangue, o que não foi confirmado pela funcionária. No segundo depoimento, um morador relatou que encontrou a acusada na garagem do condomínio com cerca de três malas, algumas caixas e sacolas retiradas do apartamento.

No pedido de prisão preventiva, o MPPA argumenta que as as provas comprovam a existência de material genético da acusada na faca utilizada para matar a genitora. Além disso, existem registros em vídeo que a mostram empunhando a arma do crime. O órgão leva em consideração ainda que a ameaça à testemunha e as atitudes da acusada de retirar objetos da cena do crime, como o colchão, que ainda seria periciado, evidenciam que a autora agia para obstruir as investigações.

O MPPA pondera que estando em liberdade, a acusada coloca em risco a integridade psicológica, e até mesmo física das testemunhas, e as novas provas incluídas aos autos são “gritatemente” a favor da prisão cautelar, sendo inquestionáveis a autoria e a materialidade do crime.

Além disso, a ré também é acusada de ter ameaçado a companheira do irmão e a filha dela no momento em que tentava persuadi-lo a assumir a autoria do crime de homicídio contra a mãe. As ameaças foram registradas em um boletim de ocorrência policial.

A Promotoria de Justiça incluiu na denúncia contra a acusada pelo crime de fraude processual, previsto no art. 347, parágrafo único, do Código Penal, o fato de ter inovado artificiosamente, na pendência de processo penal, com o objetivo de induzir a erro o juiz ou o perito no processo criminal que responde.

No novo pedido, o Ministério Público requer que a Polícia Civil cumpra as seguintes diligências:

A reprodução simulada dos fatos no local onde ocorreu o crime;
Reinquirição do acusado Leonardo Felipe Giuni Bahia;
Reinquirição da Sra. Juliana Giuni Cavalcante Soriano de Mello;
Exame sanidade mental do acusado Leonardo Felipe Giuni Bahia e da testemunha vítima Sra. Juliana Giuni Cavalcante Soriano de Mello;
Oitiva do médico psiquiatra que fazia o atendimento da vítima Sra. Juliana Giuni Cavalcante Soriano de Mello; e
Oitiva do vizinho Bruno que ligou para o CIOP no dia do fato;
Interceptação de comunicações telefônicas e telemáticas c/c afastamento do sigilo de comunicações telefônicas e telemáticas do acusado Leonardo Felipe Giuni Bahia e da vítima Juliana Giuni Cavalcante Soriano de Mello; e
Encaminhamento do acusado Leonardo Felipe Giuni Bahia e da testemunha vítima JJuliana Giuni Cavalcante Soriano de Mello para o Centro de Perícias Científicas Renato Chaves, para a realização dos exames solicitados anteriormente pelo Ministério Público;
Oitiva dos porteiros que estavam no dia do ocorrido Sra. Conceição e Sr. Manoel;
Perícia da roupa usada no dia do fato pela senhora Juliana, que não foi periciada e informações do motivo pelo qual não foi recolhida;
Perícia do colchão onde a vítima fatal estava deitada no dia do fato, que não foi periciado e informações do motivo pelo qual não foi recolhido;

O MPPA também requer que se citem os aditados para apresentarem a sua resposta e que seja realizada a instrução e a fixação de valor mínimo a título de dano moral, conforme estabelece o art. 387, inciso IV, do Código Processo Penal.

Relembre o caso

Em 18 de janeiro deste ano, o advogado Leonardo Felipe Giuni Bahia foi preso suspeito de matar a própria mãe a facadas dentro do apartamento da família, no bairro Batista Campos, em Belém.

Na época, a Polícia Civil falou em surto psicótico, já que o acusado disse não lembrar do que havia acontecido, apesar de ter confessado o crime.

“Na nossa experiência, os autores que passam por surto psicótico e cometem homicídio sempre têm esse lapso de memória. Ele não recorda, em momento algum, o que aconteceu”, disse o delegado na época.

Leonardo também foi acusado de ferir a irmã na mão e na perna. Ele mesmo chamou a Polícia e se entregou.

Irmã de advogado preso suspeito de matar mãe a facadas é apontada como real autora do assassinato, em Belém

Em junho deste ano, a Promotoria de Justiça de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher do MPPA concluiu que ficou comprovado que o feminicídio contra a mãe foi praticado pela irmã do advogado, Juliana Giuni Cavalcante Soriano de Mello. Ele foi apontado como co-autor. (Com informações do  g1 Pará — Belém).

Jornal Folha do Progresso em 03/10/2022

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