‘Fiquei emocionada’, diz filha de ex-catadores do lixão do Aurá que ganhou festa surpresa de 15 anos

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Wanessa ganhou uma festinha surpresa de 15 anos. — Foto: Arquivo Pessoal
Estudantes e voluntários de ONG organizaram a festinha na casa da adolescente no bairro do Aurá, em Ananindeua. Teve bolo, refrigerante e valsa de debutante.

Muitas adolescentes sonham em ter uma festa de 15 anos, mas a jovem Wanessa de Souza nem imaginava festejar o aniversário. Filha de ex-catadores do lixão do Aurá, na região metropolitana de Belém, ela ganhou no último dia 8 de março uma festa surpresa em casa, com direito a bolo, refrigerante e valsa, organizada por estudantes e voluntários da ONG Noolhar, que atua na comunidade.

“Foi legal, fiquei emocionada porque foi surpresa pra mim! Não passou pela minha cabeça, pensava que ia sair com a minha mãe pra passear e eles chegaram”, conta Vanessa.

A ideia da festa surpresa surgiu durante uma visita de um grupo de estudantes de Terapia Ocupacional, que está desenvolvendo um projeto de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) sobre o estímulo à brincadeira para crianças carentes. Juan Ribeiro, 25, Samara Eleres, 20, e Lorena Parente, 26, contam com a ajuda da comunidade, incluindo ex-catadores do lixão do Aurá, desativado em dezembro de 2015, para construir uma brinquedoteca que vai atender as crianças.

“Foi tudo muito espontâneo, chegamos lá e a mãe da Wanessa já nos indicou o lugar para fazermos a brinquedoteca, quando soubemos do aniversário. Então para não deixar passar em branco, resolvemos comprar as coisas e fazer essa surpresa, com direito a valsa e tudo. Até o príncipe dela eu fui”, contou Juan.

Dona Antônia, mãe de Wanessa, conta que a filha ficou muito feliz com a iniciativa. “Ela vê a nossa realidade e realmente não esperava. Teve bolo, refrigerante, docinhos, chamaram o pessoal da vizinhança, foi todo mundo”, diz a ex-catadora.

Segundo o voluntário Juan, como muitas famílias enfrentam problemas com a baixa renda, muitas crianças estão sem estudar. “Já iniciamos também uma campanha para arrecadar material escolar para doar às crianças e tentar incentivá-las a voltar para a escola”, afirma.

Desenvolvimento sustentável

A família de Wanessa é acompanhada pela Ong Noolhar desde quando ela tinha dez anos. A organização promove atividades para incentivar o desenvolvimento sustentável com ações educativas e também sobre conservação do meio ambiente.

“O trabalho da ONG, junto ao nosso, em Terapia Ocupacional, cai muito bem porque estamos reciclando objetos e também ajudando as crianças a continuarem brincando”, contou Juan. “Nossa vontade nesse trabalho era fazer, além de ter o ser humano como objeto de estudo, criar um projeto que possa fazer a diferença e, quem sabe, outros grupos possam continuar também ajudando a comunidade”, ressalta Juan.

Wanessa está no 7º Ano e sonha com um futuro melhor. “Quero ser advogada quando crescer. Acho que é um bom emprego. Quero ajudar a minha família”, diz a adolescente.

Por Taymã Carneiro e Thais Rezende, G1 PA — Belém

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