Pacientes com câncer fazem provas dentro de hospital

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Rio – Kevin Bispo, de 18 anos, não suporta matemática e gosta de português, história e biologia. Não sabe desde pequeno o que quer fazer, mas decidiu prestar vestibular este ano para Letras. Já Bruna Quierino, de 22 anos, está em dúvida. Flerta com Comunicação Social, mais inclinada para Publicidade e Propaganda. Não atura física, e, assim como Kevin, se interessa por biologia e história. O cenário aparentemente é trivial, mas, longe dos cursinhos preparatórios, ambos são pacientes de câncer e se prepararam, além de outros quatro estudantes, para fazer o Enem neste sábado e no domingo nas dependências do Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer (Graacc), em São Paulo. No ano passado, foram 10 inscritos na Classe Hospitalar, já esse ano o número subiu para 17.

Desde 2000, o projeto Escola Móvel atende crianças e adolescentes com o objetivo de dar continuidade aos estudos, oferecendo aulas dentro do hospital, em parceria com sua escola de origem. Por mês, cerca de 260 alunos entre 4 e 23 anos são atendidos por uma equipe de 15 professores, dois coordenadores e dois orientadores escolares. Desses, seis estão estudando para prestar vestibular este ano.

‘As aulas acontecem individualmente no local onde o paciente está. Se ele estiver aguardando o tratamento, ou realizando a quimioterapia, o profissional vai até o local para dar a aula’, afirma a coordenadora da Escola Móvel, Amália Covic. – Alguns pacientes vêm só esporadicamente ao hospital fazer o tratamento, e as aulas acontecem nesse dia.

É o caso de Bruna, que há cerca de dois anos luta contra um sarcoma de Ewing, um tipo de tumor ósseo. Atualmente, vai ao hospital apenas uma vez na semana para realizar o tratamento.

‘Sempre que eu vou ao hospital tento ver alguma matéria. Quando não estou lá, entro em contato com os professores pelo Facebook, se tenho alguma dúvida’, conta, deixando claro que o ensino não se restringe ao espaço do hospital.

Para a jovem, que, quando não está pensando na prova que se aproxima, gosta de ir ao Ibirapuera andar de patins e conversar com os amigos, o projeto é muito importante para direcionar a preparação, já que, perto da prova, ficam “sem saber o que estudar”.

Já Kevin, leitor de ficção e frequentador assíduo de shows, que há cerca de um ano e três meses começou o tratamento contra a leucemia aguda e já foi internado duas vezes, acredita que a importância da preparação vai além do resultado que vai obter.

‘A internação faz com que a gente fique muito sozinho, então os melhores amigos viram os livros’, resume, e diz ainda não saber para qual idade quer lecionar. – Vou escolher depois. Só sei, por enquanto, que quero ser professor.

Tanto Kevin quanto Bruna estão com o câncer em fase de manutenção. A quimioterapia, portanto, é tomada via oral e, no caso da futura comunicóloga, também na veia uma vez por semana, já que neste estágio há a probabilidade de ter vestígios do tumor.

Possibilidade de fazer planos

De acordo com Covic, o projeto permite ao aluno fazer um planejamento a partir da pergunta “o que eu vou fazer ano que vem?”, forçando a pensar além do que está acontecendo naquele momento.

‘Quando eles fazem o Enem, ficam até o final. Ficam até o último momento fazendo a prova. E se tiver um computador por perto na hora que liberam o gabarito, eles querem ir lá buscar os resultados – diz e complementa que, para os estudantes, “é um exercício extremamente sério e realmente de busca da vaga do vestibular’.

Os malotes da prova chegam fechados ao Graacc e ficam trancados em uma sala que o hospital disponibiliza. Os examinadores vêm sempre em dois, ou seja, se tem algum paciente que vai fazer o Enem na quimioterapia, outro no anfiteatro e um terceiro no quarto, tem que vir três duplas. Quanto ao fiscal, o processo de necessidade da assinatura de uma testemunha, por exemplo, é exatamente o mesmo.

‘É normal, como em qualquer outra escola. Teve caso no ano passado de a mãe esquecer de trazer o documento, e o aluno não pôde fazer a prova. Eles sabem que o paciente está internado naquele hospital, que tem a ficha lá, mas não pode. É o procedimento padrão’, conta.

No entanto, a equipe de saúde explica que alguns cuidados devem ser tomados. Em caso de emergência, um médico fica de prontidão durante as horas da prova. Além disso, lanches são encaminhados pela nutrição em determinados horários previamente combinados com o examinador, que também avisa aos pacientes o momento de tomar os remédios.

‘Na verdade, o hospital inteiro faz o Enem, já que ele envolve o pessoal da limpeza, da enfermagem, da nutrição, e por aí vai’, brinca a coordenadora.

Corpo docente do Graaacc

Para trabalhar na Escola Móvel, os professores têm que ter, no mínimo, uma especialização ou estarem fazendo mestrado ou doutorado numa área que seja relacionada com educação e saúde. Outro grupo de professores são residentes, já que o hospital oferece um curso de dois anos de especialização que se chama “Educação em Saúde no Atendimento Escolar Hospitalar”, com aulas e conteúdo de oncologia. O programa de pós-graduação, então, proporciona aos participantes a inserção na prática profissional no contexto hospitalar.
Fonte: ORMNews.

Publicado por Folha do Progresso fone para contato Cel. TIM: 93-981171217 / (093) 984046835 (Claro) Fixo: 9335281839 *e-mail para contato: folhadoprogresso@folhadoprogresso.com.br

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