Pará teve o segundo pior desempenho em vendas no Brasil

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Varejo paraense foi o 2º pior entre entre todas as 27 unidades federativas

O segmento de comércio varejista e de serviços, principal fonte econômica de Belém e da Região Metropolitana, tende a reagir melhor em 2017 se comparado com 2016, em que o setor apresentou o segundo pior desempenho entre todas as 27 unidades federativas do País. O saldo de empregos, contudo, deve permanecer negativo, ainda que menor do que no ano passado, com previsão de menos 30 mil postos de trabalho entre os setores da construção civil e comércio varejista, os mesmos que mais demitiram no ano anterior, em que o Pará registrou menos 39 mil empregos.

O varejo, termo usado para designar os setores de comércio que vendem diretamente para os consumidores finais, é o foco do Boletim do Comércio Varejista e Serviços do Pará, com informações sobre o volume de vendas no ano de 2016, arrecadação do setor, endividamento e inadiplência das famílias, entre outras informações, lançado na manhã de ontem, no Centro Cultural Sesc Boulevard, no Boulevard Castilho França, em Belém. O documento resulta de parceria entre a Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas (Fapespa) e a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Pará (Fecomércio-PA), entre outras entidades de classe.

“Em 2016, o Pará apresentou queda no volume de vendas, de 13% no comércio varejista, o setor teve o segundo maior número de demissões com cerca de 7.839 desempregados. O primeiro foi o da construção civil com 21 mil fechamentos de postos de trabalho”, destacou o presidente da Fapespa, o economista Eduardo Costa. “Um fato importante é que a perda de 39 mil postos de trabalho no ano passado, retirou da economia estadual R$ 100 milhões. Ou seja, esse montante deixou de circular no mercado, impactando fortemente o setor de comércio e serviços. É um setor que vem sofrendo com o cenário de recessão da economia brasileira”, acrescentou ele.

Eduardo Costa frisou ainda que o boletim mostra uma diminuição no endividamento das famílias, contudo, ele explicou que o que, aparentemente, pode parecer um dado positivo, se analisado, revela-se negativo. ”As pessoas não estão se endividando mais porque não estão consumindo. O crédito está mais restrito, as pessoas estão mais conservadoras, gastando menos e isso impacta o volume de vendas”, disse.

Diretora de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas, da Fapespa, Geovana Pires, afirmou que espera-se um cenário menos pior em 2017. A meta de inflação para o Pará é de um dígito só, estimada em 6,5% para este ano, mas os economistas esperam que ela chegue no máximo a 8%. “Isso já é alguma coisa. Em 2014 e 2015, tivemos aumento do desemprego, mas esperamos que ele desacelere em 2017, provavelmente o saldo ainda será negativo este ano. Mas, há uma perspectiva de que seja menor do que nos dois anos anteriores”, afirmou Geovana.

Ela observou que o setor industrial demonstra boa reação, sobretudo na indústria de transformação, pelo segundo mês, dezembro e janeiro passados, com saldo positivo. “Isso é um sinal de recuperação, o que nos dá uma perspectiva de melhora no próprio comércio. Estamos inclusive esperando um janeiro já melhor do que o do ano passado”, explicou a diretora.

Fonte: ORMNews.
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