Ramificação em Novo Progresso -Polícia de MT prende 50 pessoas em operação contra roubo e furto de carros

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Investigação aponta que criminosos agiam por ordens de membros de uma facção que age de dentro dos presídios. Há mandados de prisão também em Mato Grosso do Sul, Pará e Rondônia.
A operação foi batizada de Ares Vermelhos (Foto: Polícia Civil de Mato Grosso)

Polícia faz operação contra quadrilha que roubava carros e aplicava golpes

A polícia prendeu 50 pessoas nesta quinta-feira (17), durante uma operação deflagrada em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará e Rondônia, contra roubo e furto de veículos. Destes presos, 45 já estavam com as prisões decretadas e outros cinco foram presos em flagrante, segundo a Polícia Civil de Mato Grosso, responsável pela operação. Essas prisões tinham sido efetuadas até as 11h (12h no horário de Brasília).

Ao todo, a operação busca cumprir 51 mandados de prisão, 12 de condução coercitiva, que é quando a pessoa é levada para depor, e 62 de busca e apreensão. A investigação aponta que criminosos agiam por ordens de membros de uma facção que age de dentro dos presídios.

A operação foi batizada de Ares Vermelhos e conta com a participação de cerca de 200 policiais.

Segundo a polícia, os crimes eram chefiados por quatro integrantes da facção que estão presos em Mato Grosso, que encomendavam veículos a comparsas que estão soltos. A estimativa é que o esquema seja responsável por 409 roubos ou furtos dos 682 ocorridos durante os três meses das apurações.
Segundo a Polícia Civil, a operação é fruto de três meses de investigações que levaram a descoberta de uma rede criminosa liderada por membros de uma facção, que agem de dentro de presídios de Mato Grosso, e mantêm alianças com facções em Rondônia, Santa Catarina, Rio Grande do Norte e Amazonas.
Ao logo da apuração, os policiais acompanharam em redes sociais a ação controlada de 35 eventos criminosos envolvendo roubos de veículos, receptação e manobras financeiras de aberturas de contas para depósitos, transferências e saques de valores em bancos, além de ocultação e o comércio de veículos subtraídos e clonados.

As prisões preventivas são cumpridas nas cidades de Barra do Garças (1), Jaciara (1), Nova Olímpia (1), Cuiabá (33), Várzea Grande (2), Chapada dos Guimarães (2), 5 em Campo Grande (MS) e 6 em Rondônia. As conduções coercitivas são cumpridas em Nova Olímpia (2), Sinop (1), Cuiabá (6), Várzea Grande (1), Rondonópolis (1) em Novo Progresso no  Estado do Pará (1). As buscas ocorrem em todas as cidades com membros investigados.

Leia:Operação “Ares Vermelho” é deflagrada em Novo Progresso

Os crimes eram liderados por quatro principais membros da organização criminosa, que estão presos em unidades prisionais de Mato Grosso. Eles encomendavam veículos para comparsas do lado de fora, que agiam como ‘soldados do crime’, executando os roubos conforme a necessidade (modelo e cor) da organização.

Assim, usando carros clonados promoviam rondas pela cidade, em grupos de três a quatro pessoas, objetivando encontrar vítimas com veículos, de acordo com as características repassadas pelos líderes. Caso encontrassem a pessoa desatenta, embarcando ou desembarcando de seu veículo, rapidamente entravam em contato com os ‘superiores’ e mencionavam o que tinham à disposição. Se o comando criminoso se interessasse pelo veículo, faziam o roubo.

Segundo a polícia, duas características faziam do roubo uma ‘ótima opção’ e a mais realizada. A primeira, pela facilidade de tomar as chaves originais (possibilitando a ação de um criminoso sem conhecimentos específicos de mecânica/elétrica – ligação direta e outros necessários para o furto) e documentos do veículo e bens das vítimas.

Na segunda característica, o perfil das vítimas, que por estarem distraídas ou em momento de descontração, possibilitava a aproximação dos criminosos e uma abordagem armada sem maiores problemas.

A investigação estima que o grupo criminoso tenha sido responsável por 60% dos roubos e furtos de veículos automotores ocorridos nos três meses da apuração. No período da investigação foram contabilizados 682 roubos e furtos de veículos (410 roubados e 272 furtados), sendo atribuído a organização 409 veículos roubados ou furtados na região metropolitana.

O ganho na revenda ou troca dos veículos de origem criminosa rende, em média, R$ 3 mil para os envolvidos. Caso não tivesse ocorrido a recuperação de 90% dos veículos subtraídos em Cuiabá e Várzea Grande, em ação das forças policiais, a estimativa de lucro seria de R$ 1,2 milhão no curto tempo da investigação.

Nome – “Ares” remete ao deus grego das guerras, da guerra selvagem com sede de sangue, daí o complemento “vermelho”, devido a cor.

Os mandados de prisão, busca e condução foram expedidos pela 7ª Vara Criminal da Capital – Vara Especializada do Crime Organizado, na investigação comandada pela Delegacia Especializada de Repressão a Roubos e Furtos de Veículos Automotores (DERRFVA), em parceria com a Diretoria de Inteligência da Polícia Civil.
Por G1 MT
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