Sexta-feira, 13, dia de proteção contra o ‘olho gordo’

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Erveiras ensinam mandingas para se livrar de mau olhado
(Foto:  Ivan Duarte) – Hoje é a segunda e última sexta-feira 13 do ano. Data conhecida por rituais místicos e associada ao azar, suas raízes têm, na verdade, simbologia religiosa. De acordo com a tradição cristã, a última ceia de Cristo foi celebrada em uma sexta-feira e o número 13 era a quantidade de presentes na celebração, o 13º dos quais era Judas, o “traidor”, por isso a representação de número “amaldiçoado”.

Por regra, as sextas-feiras 13 ocorrem sempre que o primeiro dia de um mês é domingo, como ocorreu em abril e, agora, em julho. Apesar de a superstição ter iniciado com cristãos, ela acabou sendo apropriada ao imaginário coletivo e virou superstição.

Uma das erveiras mais conhecidas do mercado Ver-o-Peso, “Tia Coló” conta que, às vésperas da data, a procura por artigos de proteção, como ervas e banho de cheiro, aumenta consideravelmente. Segundo ela, que se denomina especialista em ervas medicinais, “tudo vale na hora de se proteger do olho gordo”.

“Eles procuram muito banho de limpeza, defumação e uma defesa que a pessoa sempre tem que ter atrás da sua porta, contra mal olhado, inveja, tudo”, diz ela, que aproveita para ensinar uma prática que costuma fazer nas sextas-feiras 13. “Você sempre tem que ter um copo com água e carvão dentro, deixar atrás da sua porta, porque o mau agouro que vem, é combatido com isso”.

A feirante também destaca que “o povo ainda é supersticioso” e, por isso, as vendas aumentam. “A gente tem mesmo que se defender das coisas ruins. Eu, particularmente, acredito nisso, então faço minhas proteções”, diz ela.

“A Sexta-Feira 13 pode vir com tudo que eu já estou preparada. Nada me atinge”, brinca, afirmando também que “não tem nada melhor do que tomar um banho de ervas, fazer um banho de limpeza na casa e depois a defumação”.

Proprietário há 38 anos de uma loja de artigos afro-religiosos, Ângelo Barleta avalia que as vendas nas sextas-feiras 13 “não são mais tão fortes como antigamente”. Segundo ele, muitas pessoas, atualmente, deixam de comprar por medo do preconceito.

“A defumação, os banhos, velas, eram muito procurados. Hoje em dia, na situação que o nosso país vive, perdemos quase 100% de venda. As superstições, atualmente, ficam guardadas. O povo não procura mais por receio”, esclarece.

A manicure Marta Monteiro, 46, se considera supersticiosa e, apesar de não ter preparado nada especial para a data, ela acha que “sexta-feira 13 é um dia de se proteger mais. Tem que ficar em casa, longe de tudo. As coisas já ocorrem sem ser essa data, imagine nessa data, não é?!”. Por outro lado, a cozinheira Maria das Dores, 66, amiga de Marta, acredita que “a gente que atrai o mau agouro”. “Se você pensa em coisas boas, você atrai coisas boas”, diz.

Merecimento

Adepta do Candomblé, a professora Carla Santos explica que “tanto para a Umbanda, quanto para o Candomblé, sexta-feira 13 é sempre bom”.  “É dia de Oxalá, mas algumas religiões podem fazer oferendas para Exu também, então a procura por alguns produtos deve aumentar. Aproveita-se a data para fazer trabalhos, porque é um dia místico, então pode potencializar o que for feito”, conclui, esclarecendo ainda que “tudo depende da intenção e do merecimento de quem faz”.
Por: O Liberal 13 de Julho de 2018 às 07:13 Atualizado em 13 de Julho de 2018 às 10:53
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