Belém tem 40% dos endividados, diz pesquisa

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 Mesmo assim, o número de famílias com dívidas ainda é o menor desde 2012

O ano de 2017 fechou com 40,5% das famílias belenenses com algum tipo de dívida, como cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, empréstimo pessoal, prestação de carro e seguro, segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada esta semana pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Em números absolutos, são 159.665 famílias nessas condições.

O percentual é praticamente o mesmo registrado em novembro (40,3%), antes dos gastos das festas de fim de ano. Apesar de representar quase metade da população da capital paraense, esse é o menor patamar de endividados já registrado no mês de dezembro desde 2012, quando se iniciou a série histórica. No mesmo período do ano de 2016, a margem era de 41,5% (161.978 famílias).

O estudo revela também o aumento da proporção das famílias belenenses com contas em atraso. Na passagem de novembro para dezembro, a margem passou de 35,6% para 36,1%, alcançando um total de 142.214 famílias. Já na comparação com dezembro de 2016, entretanto, houve uma baixa de 2,5 pontos percentuais (era 38,6%). A proporção de famílias que declararam não ter condições de pagar as suas contas ou dívidas em atraso e que, portanto, permaneceriam inadimplentes, passou de 22,0% para 22,5% entre novembro e dezembro, e disparou em relação aos 18,4% de dezembro de 2016.

BRASIL

Em todo o País, as famílias com dívidas representaram 62,2% em dezembro de 2017, percentual que se manteve estável após cinco altas consecutivas. Na comparação com dezembro de 2016, houve alta de 3,2 pontos percentuais. A proporção das que possuem contas em atraso diminuiu em dezembro, pelo terceiro mês consecutivo, atingindo 25,7% das famílias, ante 25,8% em novembro. Em dezembro de 2016, a margem era 1,7 ponto percentual menor. As que declararam não ter condições de pagar seus débitos tiveram recuo de 10,1% em novembro para 9,7% em dezembro, mas apresentaram alta em relação aos 9,1% de dezembro de 2016.

“Apesar da melhora recente, os indicadores de inadimplência permanecem em níveis superiores aos do ano passado. A taxa de desemprego ainda bastante alta ajuda a explicar a dificuldade das famílias em pagar suas contas em dia e o pessimismo em relação à capacidade de pagamento”, afirma Marianne Hanson, economista da CNC.

OSCILAÇÃO

A proporção das famílias belenenses que se declararam muito endividadas oscilou de 12,0% para 12,9% entre os meses de novembro de 2017 e dezembro de 2017. Na comparação anual, houve queda de 1,1 ponto percentual (era 14,0%). O percentual de famílias que se declararam pouco endividadas teve leve baixa na comparação mensal: passou de 13,4% para 12,8% do total de entrevistados. Em relação ao mesmo período de 2016, também ocorreu aumento de 4,6 pontos percentuais.

O tempo médio de atraso para o pagamento de dívidas foi de 68,5 dias em dezembro de 2017, superior aos 67,6 dias de novembro de 2016. Em média, o comprometimento com as dívidas foi de 6,1 meses, sendo que 29,7% das famílias possuem dívidas por mais de um ano. Entre aquelas endividadas, apenas 1,0% afirmam ter mais da metade da sua renda mensal comprometida com o pagamento de dívidas.

CARTÃO

Para 62,1% das famílias de Belém que possuem dívidas, o cartão de crédito permanece como o principal vilão, seguido dos carnês (32,5%) e, em terceiro, crédito pessoal (21,7%). Em dezembro de 2016, o cartão de crédito respondia por 64,4% das dívidas das famílias, os carnês por uma parcela de 28,5%, o crédito pessoal por 20,1% e crédito consignado por 1,9%.

Em todo o País, a principal forma de endividamento das famílias é o cartão de crédito (76,7%). Na sequência, surgem os carnês (17,5%) e financiamento de carro (10,9%).

A Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic Nacional) é apurada mensalmente pela CNC desde janeiro de 2010. Os dados são coletados em todas as capitais dos Estados e no Distrito Federal, com cerca de 18.000 consumidores.

Fonte: ORMNews.
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