Câncer infantil: Pará registra redução de 23% nas mortes pela doença em 2023

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No dia 15 de fevereiro a comunidade global faz alusão ao Dia Internacional do Câncer Infantil (Foto: Pedro Guerreiro / Agência Pará)

Em 2022, o Pará totalizou 87 óbitos de crianças de 0 a 12 anos pela doença, contra 67 mortes em 2023

O Pará teve uma redução de 23% nas mortes por câncer em crianças no ano de 2023 em comparação a 2022, segundo balanço da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), baseado em dados do Sistema de Mortalidade (SIM). Em 2022, o Pará totalizou 87 óbitos de crianças de 0 a 12 anos pela doença, contra 67 mortes em 2023. Já em 2024, foram 4 óbitos em janeiro. Esse panorama ganha destaque nesta quinta-feira (15), Dia Internacional do Câncer Infantil, que tem o objetivo de alertar a população acerca da doença.

Com relação aos diagnósticos de câncer infantojuvenil, ainda segundo a Sespa, de acordo com o Painel de Oncologia do Ministério da Saúde, o Pará registrou 479 casos de câncer na população de 0 a 19 anos em 2022, e 464 casos em 2023. A secretaria detalhou, também, que ainda não estão disponíveis dados de 2024. Já os tipos de câncer mais diagnosticados e tratados no SUS no Pará em 2023 foram: leucemia linfoide, neoplasia maligna dos ossos e cartilagens articulares dos membros, linfoma de Hodgkin e neoplasia do encéfalo.

A médica Karoline Silva, especialista em oncologia infantil, reforça que um dos tipos de câncer mais comum é a leucemia (câncer da medula óssea), especialmente a do tipo linfoide. Além disso, tumores cerebrais e linfomas (câncer do sistema linfático) também são outros casos mais recorrentes na infância. Segundo o Ministério da Saúde, a cada três minutos uma criança morre de câncer e a cada ano, mais de 400.000, com idades entre 0 e 19 anos são diagnosticadas com câncer em todo o mundo.

“A leucemia linfoide é um dos tipos mais comuns em crianças. E isso ocorre por múltiplos fatores. Alguns ainda em estudo e outros já são conhecidos, como mutações genéticas que ocorrem muito cedo na vida, até intra-útero. O tratamento geralmente envolve quimioterapia, radioterapia e, em alguns casos, transplante de medula óssea”, afirma a médica. De forma geral, o câncer se manifesta quando células do corpo sofrem alterações genéticas, tornam-se diferentes das células normais e começam a crescer descontroladamente.

Sinais e sintomas

Quanto aos sinais do câncer, a especialista lembra que a doença pode se manifestar de diversas formas. No entanto, perceber sinais incomuns nas crianças precocemente ajuda na redução de maiores complicações “Os sintomas do câncer na infância podem variar dependendo do tipo e localização da doença, mas podem incluir perda de peso inexplicável, dor persistente, febre recorrente, fadiga extrema, aumento abdominal e surgimento de linfonodos aumentados”, alerta Karoline.

“O câncer infantil l pode se manifestar de forma diferente em comparação com os casos em outras faixas etárias devido às características únicas do desenvolvimento e crescimento das crianças, muitos tendo origem em tecidos embrionários. Em geral, eles têm crescimento mais rápido e podem ser muito agressivos [os cânceres], mas também costumam responder bem ao tratamento, além das crianças terem uma melhor tolerância aos efeitos colaterais da quimioterapia e radioterapia do que pacientes adultos”, relata a especialista.

Segundo a médica, na criança o câncer é ainda mais agressivo e se desenvolve muito mais rápido quando comparado a um adulto. Por isso, a importância do diagnóstico precoce, já que ainda não há prevenção para a enfermidade. “O câncer infantil não pode ser prevenido. Justamente porque não temos fatores ambientais comprovadamente relacionados a ele. Para aumentar as chances de cura, precisamos do diagnóstico precoce. Quanto antes for detectado, mais localizado, e menos intenso poderá ser tratado”, frisa Karoline.

Karoline Silva, oncologista infantil (Foto: Arquivo pessoal)
Karoline Silva, oncologista infantil (Foto: Arquivo pessoal)

Busca pelo tratamento

De acordo com a Sespa, para iniciar o tratamento, o usuário deve procurar uma Unidade Básica de Saúde, que é a porta de entrada do Sistema Único de Saúde (SUS). A partir disso, o paciente é encaminhado para consulta com especialista para confirmação do diagnóstico e, assim, iniciar o tratamento. No Pará, o Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo, localizado em Belém, é referência em tratamento para crianças e adolescentes.

Segundo a médica, na criança o câncer é ainda mais agressivo e se desenvolve muito mais rápido quando comparado a um adulto. Por isso, a importância do diagnóstico precoce, já que ainda não há prevenção para a enfermidade. “O câncer infantil não pode ser prevenido. Justamente porque não temos fatores ambientais comprovadamente relacionados a ele. Para aumentar as chances de cura, precisamos do diagnóstico precoce. Quanto antes for detectado, mais localizado, e menos intenso poderá ser tratado”, frisa Karoline.

De acordo com a Sespa, para iniciar o tratamento, o usuário deve procurar uma Unidade Básica de Saúde, que é a porta de entrada do Sistema Único de Saúde (SUS). A partir disso, o paciente é encaminhado para consulta com especialista para confirmação do diagnóstico e, assim, iniciar o tratamento. No Pará, o Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo, localizado em Belém, é referência em tratamento para crianças e adolescentes.

 

Fonte: Agência Brasil  e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 15/02/2024/16:44:14

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