Casos de Doença de Chagas têm redução de 23% no Pará

Queda em relação a 2013 foi de 33%. Belém continua líder em ocorrências

Este ano já foram confirmados 88 casos de doenças de Chagas no Pará, até o último dia 17, segundo a Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa). Desses, 20 casos diagnosticados ocorreram em Belém, 11 deles apenas no bairro do Tenoné e dois  necessitaram de internação, informou a Secretaria de Saúde do Município de Belém (Sesma).

No mesmo período do ano passado, 133 pessoas apresentaram a doença no Estado – o que configura a queda de 33,83% de incidência nos casos. Das 133 pessoas, 26 foram em Belém – uma redução de 23,07% de incidência da doença em relação a 2012 quando o número de doentes no Pará foi maior e chegou a 156.

Além da capital paraense, que ainda lidera o ranking de casos de doença de Chagas confirmados este ano, houve registros nos municípios de Barcarena (15 casos), Curralinho (13), Muaná (06), Abaetetuba (06), São Sebastião da Boa Vista (5), Breves (4), Limoeiro do Ajuru (3), Bragança (2), Cametá (02), Moju (2), Ponta de Pedras (2) e Irituia, Acará, Curuçá, Ananindeua e Santarém Novo, com um caso cada.

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“Vale ressaltar que, dos 88 casos confirmados no Pará, 80% foram diagnosticados como sendo de transmissão oral, ou seja, por meio da ingestão de alimentos mal manipulados”, ressaltou a assessoria de comunicação da Sespa.

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INVESTIGAÇÃO
Segundo afirmou a assessoria de comunicação da Sesma, desde o último dia 20, um surto da doença registrado no bairro do Tenoné, é investigado pela Secretaria. “Uma equipe da Divisão de Vigilância Epidemiológica da Secretaria (DEV) foi até as residências das pessoas contaminadas para realizar investigação e coletar amostra para exame de outros casos suspeitos na área”.

Ainda de acordo com a nota, as pessoas contaminadas teriam relatado aos agentes da Sesma que ingeriram açaí de dois pontos de venda da área. “Por isso, uma equipe do Departamento de Vigilância Sanitária do Município (Devisa) realizou inspeção nos pontos de venda de açaí que são apontados como prováveis veículos de contaminação”.

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Além disso, o Devisa intimou os proprietários a cumprirem as normas sanitárias e as boas práticas de manipulação de alimentos, que incluem a adequação do ponto de venda, a realização da técnica de branqueamento do fruto e o uso de equipamentos de higiene. “O branqueamento do açaí é um processo térmico que consiste em aquecer a água de boa qualidade a 80°C, e, com auxílio de um cesto ou balde vazado, mergulhar o açaí na água durante dez segundos. O processo elimina e/ou diminui em níveis aceitáveis microorganismos patogênicos, causadores de diversas doenças, como a doença de Chagas”, explicou a Sesma.

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Além disso, foram também coletadas amostras do açaí e encaminhadas ao Laboratório Central e, a pedido da Secretaria, enviadas amostras para Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro. O laudo deve ficar pronto em 30 dias.

Se confirmados que esses pontos de açaí são agentes contaminadores, o Devisa afirma que os estabelecimentos serão fechados e reabertos somente mediante comprovação de que já cumprem as orientações do Departamento.

Por: O Liberal

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