Chuvas voltam a cair no mês de outubro, diz Inmet.

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É o que prevê a meteorologia. Por enquanto, a seca castiga a região.
O ano de 2016 deverá ser mais seco na Amazônia em comparação aos anos de 2005 e 2010, períodos de estiagem severa na região. A conclusão é de pesquisadores da agência espacial americana Nasa (sigla em inglês de National Aeronautics and Space Administration – Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço). O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), representado pelo 2º Distrito de Meteorologia (2º Disme), em Belém, que monitora a distribuição das chuvas na região, explica que a seca deste ano é ocasionada pelo fenômeno do El Niño de forte intensidade. No entanto, a expectativa é que, a partir do mês que vem, os índices pluviométricos na região voltem ao normal.
Segundo o mestre em meteorologista Sidney Figueiredo de Abreu, do Inmet/2º Disme, a seca em 2005 esteve relacionada ao fenômeno de dipolo do Atlântico – resultante da interação entre oceano e atmosfera, e que pode diminuir ou aumentar a formação de nuvens influenciando os índices pluviométricos no leste da Amazônia e litoral norte brasileiro (Amapá, Pará, Maranhão, Ceará, Piauí e Rio Grande do Norte), incluindo também os Estados da Paraíba e Pernambuco.
“Ocorre quando as águas do Atlântico Sul estão mais frias que o normal, ocasionando alterações no posicionamento mais ao norte da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), principal sistema causador de chuva na Amazônia no período chuvoso, que vai de dezembro a abril. Neste evento houve menos formação de nebulosidade e, como consequência, uma das maiores secas já vista na Amazônia”, afirmou Abreu.
Por outro lado, a seca de 2010 foi ocasionada pelo fenômeno El Niño, que é o aquecimento anômalo das águas superficiais do Oceano Pacífico Equatorial. “Esse aquecimento altera a circulação da atmosfera fazendo prevalecer um ramo subsidente de ar (de cima para baixo), inibindo a formação de nuvem causadoras de chuva na Amazônia. No entanto, este evento foi de intensidade moderada”, esclareceu o meteorologista.
Clima seco favorece o surgimento de queimadas em áreas de floresta tropical (Foto: Oswaldo Forte)Clima seco favorece o surgimento de queimadas em áreas de floresta tropical (Foto: Oswaldo Forte)
Já ao longo do ano de 2015 ocorreu um El Niño de forte intensidade e o ápice do fenômeno se deu de dezembro de 2015 a janeiro de 2016. “Obteve anomalia positiva de +2.3°C (graus Celsius) e, de modo geral, isso afetou os índices pluviométricos na Amazônia, a partir de agosto de 2015 e ao longo do ano de 2016, deixando muitos locais com chuvas abaixo da média no período chuvoso e até mesmo no período menos chuvoso”, explicou Abreu.
Todavia, as águas superficiais do Pacífico Equatorial já apresentam temperaturas dentro do normal, segundo monitoramento realizado de maio a julho de 2016. “Por esse motivo, espera-se que a partir de outubro os índices pluviométricos voltem apresentar valores dentro da normalidade climatológica”.
O meteorologista Sidney de Abreu destacou que fenômenos como esses quando impactam no período chuvoso de uma região (e também no período mais seco) são grandes e sentidos de forma severa. “No caso da Amazônia, observa-se a diminuição dos níveis dos rios a ponto de não poderem ser navegados, mortes de peixes, queimadas, problemas respiratórios nas populações devido a fumaça, prejuízos enormes na pecuária e agricultura entre outros”.
O meteorologista do Inmet/2º Disme, ressaltou que o Estado do Pará também foi bastante atingido, pois, nos últimos meses, houve onda de calor muito forte com temperaturas mínimas e máximas acima da média, com valores que chegaram a 24ºC e 36°C, além de poucas chuvas.
Em períodos secos, ele recomendou que é importante a população tomar bastante líquido durante o dia; usar guarda-sol, evitar a exposição ao sol das 10h às 16h; utilizar roupas leves e de cores claras; não queimar lixo; não jogar cigarros e objetos que possam provocar queimadas no solo seco e utilizar umidificador de ambiente, no caso das regiões mais ao sul do Pará como Marabá e Conceição do Araguaia.

ORMNEWS

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