Clima Tenso – Bombas de efeito moral é disparada contra manifestantes em Jacareacanga

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(Fotos Redes sociais) – Manifestantes pró garimpo em terras indígenas fazem manifestação contra operação “Mundurukânia,” deflagrada pela PF na terça (25) com o objetivo de combater a prática clandestina de garimpos nas terras indígenas Munduruku e Sai Cinza, no município de Jacareacanga.

Na manhã desta terça-feira (25), se instalaram no aeroporto da cidade efetivos de Polícia Federal, Força Nacional de Segurança Pública, Fundação Nacional do Índio (Funai), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e, das Forças Armadas.

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Conforme informações do portal Estado Net de Santarém ,está em andamento uma operação de combate de garimpos na área indígenas Munduruku e Sai Cinza. Os órgãos federais devem permanecer por 3 meses em Jacareacanga, realizando incursões na área garimpeira. No aeroporto de Jacareacanga, estão baseados os helicópteros do Ibama, que dão apoio as ações nas operações. O aeroporto está isolado para evitar manifestações de grupos que defendem a garimpagem em terras indígenas.

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Na manhã desta quarta-feira (26), um grupo de pessoas tentou marchar em direção ao aeroporto para impedir a decolagem das aeronaves, e foi dispersado com o uso de bombas de efeito moral atiradas de helicópteros das forças de segurança.

As entidades em defesa dos indígenas que recorreram ao Supremo Tribunal Federal relataram que a região passa por uma “escalada de conflitos” devido ao aumento de invasões das terras, “o que ameaça gravemente a vida, a integridade física e a saúde dos povos indígenas, além de lesar o meio ambiente”.

O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, determinou esta semana que o governo federal tome imediatamente “todas as medidas necessárias” para proteger a vida, saúde e segurança de populações indígenas das Terras Indígenas Yanomami, em Roraima e Munduruku, na região oeste do Pará.

Pela decisão do ministro, caberá ao governo “destacar todo o efetivo necessário e permanecer no local enquanto houver risco”.

PF emite nota sobre a Operação Mundurukania

A Polícia Federal deflagrou, no último dia 25, a Operação Mundurukânia, que teve o objetivo de combater a prática clandestina de garimpos nas terras indígenas Munduruku e Sai Cinza, no município de Jacareacanga/PA. Essa prática, além de provocar graves danos ao meio ambiente devido ao uso de produtos químicos altamente nocivos, ainda causa a poluição de rios e lençóis freáticos, além de gerar uma série de outros problemas sociais na região, como conflitos entre garimpeiros e indígenas.

A operação, que foi coordenada pela Polícia Federal, foi deflagrada em conjunto com a Polícia Rodoviária Federal, Ibama e com a Força Nacional. Ao todo foram empregados 134 servidores entre policiais e agentes de fiscalização, assim como de aeronaves e veículos 4×4.

Os crimes investigados são de associação criminosa (art. 288 do Código Penal), exploração ilegal de matéria-prima pertencente a União (art. 2º da Lei 8.176/1991), e delito contra o meio ambiente previsto no art. 55 da Lei 9.605/1998, e outros crimes que venham a ser descobertos ao longo da investigação.

Várias outras ações nesse mesmo sentido vêm sendo deflagradas na região ao longo dos últimos anos, como a “Operação Pajé Brabo”, em 2018, a “Operação Bezerro de Ouro”, em 2020, que teve duas fases, a “Operação Divita 709”, em 2021 e a “Bezerro de Ouro 709”, também esse ano.

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O cumprimento dessa operação também faz parte de uma série de medidas, determinadas pelo Ministro do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso, em julho do ano passado, para realizar o enfrentamento e monitoramento da COVID-19, a fim de evitar o contágio e a mortalidade entre a população indígena. Dentre as medidas solicitadas, está a expulsão de invasores das terras indígenas, assim como a implantação de barreiras sanitárias periódicas, ampliação da assistência médica e social e entrega de cestas alimentares. A elaboração de um plano geral de enfrentamento da pandemia está sendo conduzido pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, em conjunto com o Ministério da Saúde, FUNAI, SESAI e outros órgãos ligados diretamente a causa.

Povo de tradição guerreira, os Mundurukus dominavam culturalmente a região do Vale do Tapajós, que nos primeiros tempos de contato durante o século XIX era conhecida como Mundurukânia, e daí se extraiu o nome da operação.

Jornal Folha do Progresso com Fonte: Estadonet

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