Com saída de Moro, ministro amigo de Bolsonaro é o mais cotado para assumir Justiça

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O advogado Jorge Antônio de Oliveira durante solenidade de posse na Secretaria-Geral da Presidência -(Foto: Pedro Ladeira – 24.jun.2019/Folhapress)

Demissão de ex-juiz da Lava Jato deve levar à separação de Justiça e Segurança Pública

Com a saída do ministro Sergio Moro (Justiça e Segurança Pública) do governo, o chefe da Secretaria-Geral, Jorge Oliveira, passou a ser um dos mais cotados para substituí-lo.

Num cenário ainda incerto, um dos desenhos no Palácio do Planalto é de que haja a cisão de Justiça e Segurança Pública, desejo antigo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

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*Sergio Moro, o juiz da Lava Jato, anuncia sua demissão do governo
Se isso se confirmar, a probabilidade maior é que Jorge assuma Segurança Pública por ser policial militar da reserva do Distrito Federal. Há, contudo, uma possibilidade e que ele vá para Justiça, mas considerada menor.

Já para a Justiça, o nome mais forte é o do secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson França, que tem se aproximado de Bolsonaro. Lateralmente, há uma possibilidade de o ex-deputado Alberto Fraga (DEM-DF) ser escolhido.

Fraga, que é amigo pessoal do presidente, poderia ainda ser indicado para a Secretaria-Geral, no lugar de Jorge. Com isso, o governo ganha um político no Planalto para auxiliar na articulação com o Congresso. Hoje, há apenas militares nas quatro pastas que ficam no prédio da Presidência.

Essas mudanças foram tratadas pelo presidente com o governo do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), que esteve no Planalto na última quarta-feira (22).

 Em 2016, Alberto Fraga e Jair Bolsonaro fazem sinal com as mãos imitando armas de fogo durante a votação em segundo turno do projeto que muda a maioridade penal - Alan Marques - 19.ago.2015/Folhapress

Em 2016, Alberto Fraga e Jair Bolsonaro fazem sinal com as mãos imitando armas de fogo durante a votação em segundo turno do projeto que muda a maioridade penal – Alan Marques – 19.ago.2015/Folhapress

Foi por esse motivo que Rocha evitou assinar documento dos governadores contra Bolsonaro esta semana e mostrou-se alinhado ao governo, inclusive participando de entrevista coletiva diária que normalmente é feita apenas por ministros.

No Planalto, militares e nomes como André Mendonça, advogado-geral da União, tentaram impedir que o ministro deixasse o governo, mas o esforço foi em vão.

Moro ficou incomodado com a exoneração de Maurício Valeixo do cargo de diretor-geral da Polícia Federal, órgão subordinado administrativamente à Justiça.

O fatiamento de Justiça e Segurança Pública é um desejo antigo do presidente e Moro é visto como um empecilho para que isso aconteça.

O estremecimento na relação dele com o presidente, em outros momentos, passou por esse ponto.

Oliveira é da reserva da Policia Militar do Distrito Federal e homem de confiança pessoal de Bolsonaro. Formado em direito, ele é também visto por Bolsonaro como candidato a uma vaga no STF (Supremo Tribunal Federal).

Indicá-lo para o lugar de Moro seria uma solução caseira e que atende os pré-requisitos que agradam Bolsonaro: discrição e alinhamento ideológico e hierárquico.

Oliveira começou no governo como subchefe de assuntos jurídicos e em menos de um ano virou ministro.

Ele esteve à frente de decretos considerados caros ao presidente, como o de flexibilização ao porte e à posse de armas.

Fonte:Folhapress

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