Comissão de direitos humanos da Alepa visita presídio de Altamira para investigar motivos do massacre

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(Foto:Reprodução)-Deputados estaduais visitam Centro de Recuperação Regional em Altamira

Deputados também planejam elaborar um relatório com medidas que devem ser adotadas pelo sistema penitenciário para evitar novos massacres.

Deputados que compõe a comissão de direitos humanos e segurança pública da Assembleia Legislativa do Pará (Alepa) realizaram na manhã desta segunda-feira (12) uma visita ao Centro de Recuperação de Altamira, no sudeste do estado. A comissão informou que veio coletar indícios que apontem os motivos do massacre que matou 58 detentos no presídio há 15 dias.

De acordo com os parlamentares, a comitiva também participa de uma audiência pública na durante a tarde, com a participação de lideranças sociais. Durante a visita, os deputados planejam elaborar um relatório com medidas que devem ser adotadas pelo sistema penitenciário para evitar novos massacres.

A comissão também pretende visitar a penitenciária que está sendo construída no município de Vitória do Xingu, próximo a Altamira. Durante a vistoria, os deputados vão se reunir com o prefeito e vereadores da cidade.

Massacre

O massacre no presídio de Altamira, sudeste do Pará, começou após um grupo de presos render um agente penitenciário que encontrou facas e estoques durante revista, de acordo com o secretário-geral da Ordem dos Advogados do Brasil do Pará (OAB-PA) Eduardo Imbiriba

Segundo o secretário, após a rendição do agentes, integrantes do facção criminosa Comando Classe A (CCA) invadiram o anexo onde estavam detentos que pertenciam ao Comando Vermelho (CV) e os homicídios foram realizados com as armas brancas que estavam escondidas.

De acordo com a Superintendência do Sistema Penitenciário do Pará (Susipe), 41 morreram asfixiados e 16 foram decapitados. Na terça, mais um corpo foi encontrado carbonizado nos escombros do prédio.

Um relatório do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) considera o presídio de Altamira como superlotado e em péssimas condições. No dia do massacre, havia 311 custodiados, mas a capacidade máxima é de 200 internos. Segundo a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no Pará, dos 311 presos, 145 ainda aguardavam julgamento.

Liberação dos corpos

liberação dos corpo
O Instituto Médico Legal (IML) informou na quarta que encerrou a necropsia dos 58 corpos de vítimas do massacre. De acordo com o órgão, 27 corpos foram liberados às famílias e os 31 restantes precisarão passar por exames de DNA para terem o reconhecimento concluído.

Ainda segundo o IML, o trabalho concluído foi feito por peritos criminais e peritos médico legistas da própria Unidade Regional de Altamira; um perito odontologista forense, que foi deslocado de Belém; e uma equipe de peritos criminais do Laboratório de Genética Forense, do Instituto de Criminalística (IC), que realiza os exames de DNA.

Massacre no presídio de Altamira — Foto: Arte/G1
Massacre no presídio de Altamira — Foto: Arte/G1

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