Corpo concretado de Anic tinha aliança dada por viúvo, algema e silicones
(Foto: Reprodução) – O corpo da advogada Anic de Almeida Peixoto Herdy, 55, que foi encontrado concretado na casa de seu assassino confesso sete meses após seu desaparecimento, ainda tinha a aliança que ela ganhou de casamento e próteses de silicone. As informações foram reveladas pelo jornal O Globo e confirmadas pelo UOL.
O que aconteceu
Anic usava a aliança com o nome do marido, Benjamim Cordeioro Herdy, 78, com quem ela era casada havia 20 anos. A advogada estava desaparecida desde o dia 29 de fevereiro de 2024, e seus restos mortais foram localizados concretados na quarta-feira (25), na garagem da casa de Lourival Correa Neto Fadiga, assassino confesso, que, segundo a Polícia Civil do Rio de Janeiro, também era amante da vítima.
Corpo da advogada também tinha próteses de silicone que ela havia implantado em um procedimento cirúrgico. Outros detalhes que chamaram a atenção dos investigadores foram a presença de uma algema em um dos pulsos de Anic, além de um fitilho de plástico no pescoço, indicativo de que a vítima pode ter sido morta por esganadura.
Identificação do corpo como sendo o de Anic foi feita após perícia odontológica. A causa exata da morte, no entanto, ainda não foi divulgada pelas autoridades.
Corpo estava concretado no muro da garagem. Lourival, que também era funcionário do viúvo de Anic, contou à polícia que aproveitou a obra de um muro para esconder o cadáver no mesmo dia do desaparecimento.
Relembre o caso
Anic, 54, era advogada e estudante de psicologia. Estava casada havia duas décadas com Benjamin Cordeiro Herdy, herdeiro de uma família que foi proprietária de um importante grupo educacional no Rio.
A mulher desapareceu no fim da manhã de 29 de fevereiro, pouco depois de deixar a pé um shopping de Petrópolis. Imagens do circuito de monitoramento do centro comercial mostram o momento em que ela estaciona o carro e troca mensagens por celular. Minutos depois, uma câmera do lado de fora flagra a advogada atravessando uma rua. Depois disso, ela não foi mais vista com vida.
No mesmo dia, Benjamin recebeu mensagens de um dos celulares utilizados pela mulher. Os textos exigiam pagamento de resgate no total de R$ 4,6 milhões, diziam que a casa da família estava sendo monitorada em tempo real e que ninguém deveria acionar a polícia. O resgate foi pago nos dias seguintes, mediante transferências bancárias e saque em espécie.
A Polícia Civil de Petrópolis só foi acionada duas semanas após o desaparecimento. Àquela altura, o resgate já havia sido pago. Os agentes foram informados do desaparecimento após a denúncia de uma filha, que chegou a gravar uma conversa entre Benjamin e Lourival.
Trabalho de investigação levou aos acusados. Os policiais acessaram os telefones de todos os envolvidos e cruzaram dados de localização do dia do sequestro e do pagamento dos resgates. Segundo mostrou o Fantástico, da TV Globo, foi possível comprovar que Lourival não esteve em uma favela para supostamente pagar os criminosos, mas em uma concessionária na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio.
Compra de quase mil celulares. No local onde esteve, ele comprou uma caminhonete avaliada em R$ 500 mil e uma moto. Também adquiriu 950 aparelhos celulares, que foram levados a uma loja da família.
Fonte: Marcus Passos, g1 Pará — Belém e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 28/09/2024/09:52:15
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