David Luiz se diz preparado para assumir vaga de capitão

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Zagueiro diz que grupo ajuda: ‘Fica fácil liderar’

O técnico Felipão tem várias opções para substituir Neymar, nenhuma, por sinal, do nível do camisa 10. Vai pensar muito e só deve se decidir, pelos menos publicamente, horas antes da partida de terça-feira, contra a Alemanha, no Mineirão. Mas uma coisa já está certa: o capitão da equipe, já que Thiago Silva está suspenso, será David Luiz.

Carismático, ídolo da torcida e considerado um dos melhores zagueiros do mundo, David Luiz é, para muita gente, o capitão de fato da seleção brasileira. Foi ele quem tomou a iniciativa de consolar Willian e Hulk quando estes perderam os pênaltis na disputa contra o Chile. Jogar com a braçadeira que pertence de direito a Thiago Silva, será apenas um detalhe.

‘Estou preparado para a função, já sou uma espécie de vice-capitão. Esse grupo é muito tranquilo de lidar. São pessoas simples e humildes. Fica fácil liderar’, afirma, sem transmitir um pingo de arrogância.

David Luiz não tem nada a ver com aquele tipo de líder mal-humorado, com cara de poucos amigos, que raramente aparece em público, estilo Dunga ou Lúcio. O zagueiro faz o tipo descontraído, que se sente completamente à vontade diante das câmeras e de centenas de jornalistas como costuma acontecer nas entrevistas coletivas.
Zagueiro é um dos favoritos da torcida
Eleito o melhor jogador em campo, contra a Colômbia, David Luiz parecia uma criança. Com o troféu na mão, fez graça com Felipão e não parou de brincar um segundo sequer.
Sem esconder a felicidade, respondeu a duas ou três perguntas com as costumeiras simpatia e segurança. Duas delas em inglês. Foi na língua de Shakespeare que ele explicou o golaço de falta que marcou contra a Colômbia.
‘Treinei o ano inteiro cobranças de falta no Chelsea. Um dia Deus ia me abençoar. Acho que é um questão genética, porque eu nasci com os pés assim, abertos. No Brasil dizem que é posição “dez para as duas”. O que aconteceu foi que bati na bola no ponto, e quando isso acontece, a bola muda de direção e fica difícil para o goleiro’, descreveu.
Elegância com adversário
Assim como não terá problemas para usar a braçadeira de capitão, o zagueiro, de 27 anos, encara com naturalidade a certeza de que, na ausência de Neymar, seu nome será o mais gritado pela torcida brasileira no jogo contra a Alemanha. Na verdade, David Luiz gosta do papel de ídolo. É disparado o jogador brasileiro mais atencioso com o torcedor entre os 23 que estão na Copa.
Também sabe diferenciar bem adversário de inimigo. Após o jogo com a Colômbia, foi consolar o craque adversário James Rodríguez, que não parava de chorar. Abraçou o meia e trocaram as camisas. O brasileiro vestiu imediatamente a 10 vermelha e pediu aplausos para James. O colombiano se comoveu.
‘David disse que eu era um grande jogador. Ver craques me abraçando me deixou menos triste’, disse James Rodríguez.
A alegria e a descontração exibidas por David Luiz na entrevista coletiva sumiram assim que soube da gravidade da contusão de Neymar. O zagueiro teve que segurar o choro ao falar do amigo. Ficou em silêncio alguns segundos e, mesmo sem notar, logo assumiu o papel de líder. ‘Agora vamos ter que jogar por nós e pelo Neymar.’

Por: O Globo -Foto: Jefferson Bernardes (VIPCOMM)

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