Delegado fala sobre o caso de suposto abuso sexual em creche, em Santarém (PA)

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Delegado fala sobre investigação e orienta sobre a atenção necessária aos relatos das crianças (Foto:Ândria Almeida/ O Liberal)

Delegado Alexandro Napoleão fala sobre a investigação e orienta sobre a atenção necessária aos relatos das crianças

O delegado Alexandro Napoleão, que presidiu o inquérito policial que indiciou o professor Arcivando Nonato, por abuso de vulnerável e maus-tratos contra crianças de uma turma de 4 anos de idade em uma Unidade Municipal de Educação Infantil (Umei), na cidade de Santarém, concedeu uma entrevista sobre o caso. O suposto crime foi investigado pela Delegacia Especializada de Atendimento à Criança e ao Adolescente (Deaca).

A primeira denúncia foi feita na Deaca no dia 28 de abril, pela mãe de um aluno, que estuda na creche onde os casos supostamente teriam acontecido.

A repercussão do suposto abuso teria vindo à tona após a mãe de um aluno ter ouvido do próprio filho relatos de agressões praticadas pelo professor. Na ocasião, ela procurou o professor e administração da creche para relatar que o filho afirmava apanhar. No entanto, segundo a mulher, o professor teria negado. Mas isso despertou o interesse da mãe, que começou a investigar o caso e, ao recriar o ambiente escolar por meio de brincadeiras com o filho, teve revelações sobre os supostos abusos sexuais praticados pelo professor.

Diante da situação colocada ao público pela imprensa, outros responsáveis de estudantes na faixa etária de 4 e 5 anos procuraram a delegacia.

Confira a entrevista com o delegado Alexandro Napoleão sobre o caso

Quantas crianças foram ouvidas durante o inquérito?

O inquérito foi concluído após oitiva de 14 menores, dos quais 8 relatam algum tipo de violação de direito e também através da escuta de vários profissionais e de alguns pais que foram ouvidos. Laudos policiais foram produzidos a partir dos exames realizados das crianças que relataram algum tipo de abuso.

Após a conclusão do inquérito policial que indiciou o professor Nonato, há alguma evidência de participação de mais pessoas nos supostos crimes cometidos por ele?

Somente o professor foi indiciado. Todos os procedimentos administrativos a nível municipal foram adotados dentro de tempo hábil, profissionais da secretaria municipal e da Unidade Municipal de Educação foram bastante diligentes no cumprimento das suas obrigações legais. Então, eu entendo no curso das investigações que não houve necessidade de indiciamento de outra pessoa.

Qual o posicionamento do professor durante o depoimento?

Ele negou todas as acusações e apresentou argumentos junto de seus advogados.

O professor já respondeu por algum outro crime de natureza sexual?

Chegou ao meu conhecimento um processo que ele respondeu quando trabalhava no município de Belterra, mas pelo que consta ele não envolve menores de 18 anos, então acaba não fazendo diferença na minha investigação, tendo em vista que não envolve menores de idade.

Sobre este caso, alguns familiares relataram à reportagem de O Liberal que as crianças falavam de alguns excessos por parte do professor, mas não foram levadas a sério.  Como identificar se é um relato real?

Se os pais tiverem condições financeiras, eles podem encaminhar seus filhos para atendimento especializado com um psicólogo que vai poder atender aquela criança e extrair dela, com as devidas técnicas as informações úteis se ela sofreu ou não algum tipo de abuso.

Caso os pais não tenham condições financeiras para levar a criança ao psicólogo, é indicado procurar tanto a Delegacia de Atendimento à Criança quanto o Conselho Tutelar, que são instituições com profissionais treinados para o atendimento e poderão dar um direcionamento. (As informações são  de Ândria Almeida).

Jornal Folha do Progresso em 06/07/2022/

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