Dinheiro público bancou compra de 700 toneladas de picanha e 80 mil cervejas para militares

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Com base em dados do Portal da Transparência, deputados entraram com uma representação junto à PGR para investigar os gastos considerados injustificáveis  – (Foto:Divulgação / FAB)

Quatroze dias após a publicação de reportagem que denunciava gastos excessivos do governo federal com comida em 2020, baseada em informações do Portal de Compras do governo federal, deputados do PSB na Câmara protocolaram uma representação na Procuradoria Geral da República (PGR) contra o que consideram “uso de recursos com ostentação e superfaturamento” por parte das Forças Armadas.

O documento, remetido ao procurador-geral da República, Augusto Aras, destaca gastos injustificáveis com itens para churrasco – como carne, cerveja e carvão -, além de toneladas de picanha, milhares de litros de cerveja e centenas de latas de Skol Beats, adquiridos com preços até 60% acima do valor de mercado para uso das Forças Armadas.

A denúncia é assinada pelos deputados Elias Vaz (PSB-GO), Alessandro Molon (PSB-RJ), Denis Bezerra (PSB-CE), Lídice da Mata (PSB-BA), Camilo Capiberibe (PSB-AP), Bira do Pindaré (PSB-MA) e Vilson da Fetaemg (PSB-MG),Entre as compras destacadas no documento estão 500 garrafas da cerveja Stella Artois e 3 mil garrafas de Heineken para o 38º Batalhão de Infantaria, além de 3.050 garrafas de Eisenbahn destinadas à 23ª Brigada de Infantaria de Selva, todos adquiridos em um pregão eletrônico realizado em 2020.

Dados do Portal da Transparência mostram que 76 processos licitatórios garantiram a compra de 714 toneladas de picanha, sendo 569,2 toneladas destinadas ao Comando do Exército e 88 toneladadas à Marinha, a R$ 84,14 o quilo.”A compra desse produto não é crível em tempos de crise financeira, uma vez que este não é um corte para se comer no dia a dia diante de sua especialização e preço”, defenderam os parlamentares.

“Enquanto milhões de brasileiros sofrem com os efeitos trágicos da pandemia nos campos sanitário e financeiro, nossos militares consumem cortes nobres como a picanha e tomam cervejas, algumas especiais.

“Foram anexadas ao documento fotos de supermercados onde os preços aparecem muito menores que os registrados em leilão. Em uma delas está registrado o valor de mercado cobrado por uma latas da cerveja Bohemia Puro Malte, de R$ 2,59, que distoa dos R$ 4,33 pagos pela 9ª Brigada de Infantaria Motorizada do Exército, que adquiriu 1.008 latinhas.

Os deputados também destacaram na denúncia que a quantidade de itens contratados para o ano de 2020 sugere que as Forças Armadas realizaram um grande número de festividades mesmo durante a vigência de recomendações sanitárias de distanciamento social por conta da pandemia. Caberá ao procurador-geral da República, Augusto Aras, prosseguir com as investigações.

Com informações do portal Congresso em Foco

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