Dono de embarcação naufragada no rio Xingu reafirma ter operado de forma irregular

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‘No primeiro depoimento, o empresário declarou que o peso total era de sete toneladas no barco, mas relatou nesta segunda-feira (28) que havia saído com 30 toneladas de Santarém’, disse delegado.

O delegado de Porto de Moz, Elcio de Deus, ouviu, novamente, nesta segunda-feira (28), o depoimento Alcimar Almeida da Silva, proprietário da empresa Almeida & Ribeiro Ltda, cuja embarcação “Capitão Ribeiro” naufragou na última terça-feira (22), no rio Xingu. O novo depoimento ocorreu devido a necessidade de reunir mais informações e enriquecer o inquérito referente ao naufrágio que resultou na morte de 23 pessoas, entre passageiros e tripulantes, em Porto de Moz.

O dono da embarcação ratificou as declarações prestadas no depoimento da última sexta-feira (24), mas adicionou outras como o peso total da embarcação e a situação em que encontrou o corpo do comandante Sebastião Gemaque. “No primeiro depoimento, o empresário declarou que o peso total era de sete toneladas, mas relatou ontem que havia saído com 30 toneladas de Santarém, e que ao longo da viagem parte do peso das mercadorias foi desembarcado e só aí teria se chegado às sete toneladas”, disse o delegado.

Alcimar esclareceu, ainda, dúvidas sobre as funções da tripulação do barco e sobre o credenciamento da embarcação Capitão Ribeiro junto à Capitania dos Portos. A inspeção teria sido feita pela empresa Autochip, em maio deste ano.

O depoimento ocorreu na delegacia de Porto de Moz. O proprietário do barco foi ouvido já na condição de indiciado, com base no artigo 261, combinado com o artigo 263 do Código Penal Brasileiro (CPB). A declaração se iniciou por volta das 21h30 e durou cerca de duas horas. De acordo com a Polícia Civil, a embarcação se encontra à margem do rio Xingu, às proximidades da sede da cidade de Porto de Moz. O delegado já solicitou o trabalho de perícia da embarcação ao Centro de Perícias Científicas “Renato Chaves”.

Ainda de acordo com a polícia, dentre as necessidades de interrogar novamente Alcimar, está o fato da embarcação ter transportado ilegalmente um carro e duas motos e não possuir uma lista oficial de passageiros. Além disso, o barco teria armazenado mercadorias de forma irregular. Ele teria afirmado que “foi a primeira vez que transportava um carro”, mas enfatizou que estava posicionado e amarrado de forma perpendicular ao barco, no convés principal, de maneira segura.

“A embarcação já foi reflutuada e removida do local do naufrágio e está às proximidades da cidade de Porto de Moz para ser periciada pelo CPC Renato Chaves”, informou o delegado Elcio. O delegado deve ainda ouvir moradores “ribeirinhos” que ajudaram no socorro às vítimas. Após isso, serão reunidos os laudos das perícias e ofícios e a Justiça prosseguirá com o relatório até o encerramento do inquérito para ser encaminhado ao Ministério Público do Estado (MPE). O prazo para o término do inquérito é de 30 dias, podendo ser estendido por igual período.

Fonte: G1 PA.
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