Durante sessão, presidente do Congresso é cercado por deputados em meio a gritos, empurrões e bate-boca

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 A votação de um veto presidencial à proposta que estendia à área rural o cartão-reforma para famílias de baixa renda da zona rural gerou gritos, empurra-empurra e o presidente do Congresso e do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), sendo literalmente cercado por deputados indignados porque ele encerrara a votação. Eunício encerrou a votação sem todos os líderes falarem _ em especial da oposição _e, na prática, evitou uma derrota do governo. Na prática, o presidente do Congresso acabou ajudando o Palácio do Planalto, porque o veto foi mantido e o governo corria o risco de ser derrotado na votação. Irado, o deputado Paulo Pimenta (PT-RS) subiu à Tribuna indignado. Um livro foi arremessado e teria sido pelo líder do PDT, Weverton Rocha (MA). O gaúcho Pompeu de Matos (PDT-RS) sacudia seu chapéu e gritava com Eunício.

_ Não tenho medo de gritos! Não tenho! Jogaram um livro em direção à essa Mesa. Mas essa Mesa não tem medo de grito e de cara feia _ dizia Eunício, cercado por seguranças que fizeram um cordão de isolamento em torno dele e daqueles que estavam sentados à Mesa do plenário.

_ Agressão física não! _ gritavam deputados dentro do plenário!

Em meio a gritos, deputados como Paulo Pimenta (PT-RS) subiram à Tribuna em direção a Eunício, para reclamar. Mas o vigor foi tão forte que os seguranças cercaram o presidente, com medo que ele apanhasse.

_ Segurança, ele (Pimenta) é deputado, ninguém vai agredir presidente (do Congresso) não. TIra o segurança daí! Ninguém vai agredir presidente não, ele é político! Que merda é essa?! _ berrava o deputado Júlio Delgado (PBS-MG).

Depois, Eunício disse que não se intimidaria, que daria a palavra a aqueles que deixaram de falar, mas que não repetiria a sessão.

_ Ele não cumpriu o regimento _ dizia a deputada Alice Portugal (PCdoB-BA).

A confusão começou porque foi encerrada a votação e, por 242 votos a 85, o veto do presidente Michel Temer à extensão do cheque-reforma à zona rural foi mantido. Muitos da base tinham votado com a oposição e faltaram 15 votos para derrubar o veto. Pelas regras, são necessários 257 votos de deputados para derrubar um veto presidencial.

Assim que o resultado foi anunciado, deputados do PT, PSOL, PSB e PCdoB começaram a gritar que Eunício não estava respeitando as regras da Casa e o direito de todos falaram.

Eunício é chamado de “mão de ferro” dentro do plenário, sem paciência para ficar ouvindo repetidamente os deputados da oposição. Isso irrita os deputados, acostumados a ter total liberdade com o kit obstrução nas sessões da Câmara.

Já foram votados sete dos nove vetos presidenciais da pauta. Apenas um foi derrubado, que trata de aprendizes em construção civil. Os vetos da área econômica foram mantidos.

Essa foi a segunda vez que uma Mesa do Parlamento é tomada pelos parlamentares. Da outra vez, foi na votação da reforma trabalhista, no Senado.

Fonte: MSN.
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