Ex-prefeito do AM alvo de operação contra o tráfico fugiu para Brasília, diz delegado

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Raimundo Pinheiro da Silva, ex-prefeito de Anamã — Foto: Reprodução/TV Globo

Raimundo Pinheiro da Silva, o Chicó, é suspeito de usar um frigorífico no Amazonas para lavar o dinheiro do Comando Vermelho no Amazonas. Rio Solimões virou rota de escoamento de drogas da Colômbia e do Peru.

Raimundo Pinheiro da Silva, o Chicó, ex-prefeito de Anamã e alvo da Operação Rota do Rio, nesta terça-feira (21), fugiu para Brasília horas antes do cumprimento do mandado de busca, afirma a polícia.

Agentes saíram para cumprir 113 mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro, Minas Gerais, Amazonas e Pará. A operação visa a conter a expansão para o Amazonas de traficantes do Comando Vermelho (CV).

Chicó é suspeito de usar um frigorífico no Amazonas para lavar o dinheiro do CV no Amazonas. Na casa dele, a polícia apreendeu dinheiro e 2 carros.

“Ele fugiu horas antes da operação, em um voo com destino à capital federal”, declarou o delegado-chefe do departamento de Combate ao Crime Organizado e Lavagem de Dinheiro, Gustavo Ribeiro.

A polícia trabalha com a possibilidade de que Chicó tenha recebido informação privilegiada sobre a operação.

Prisões

Até a última atualização desta reportagem, 4 pessoas tinham sido presas. Uma delas é Juan Roberto Figueira da Silva, o Cocão, chefe do tráfico do Morro dos Prazeres. Ele estava foragido da Justiça, com pelo menos 6 mandados de prisão em aberto. Os outros 3 foram presos em flagrante.

Cocão é apontado como um dos responsáveis pelo aumento de roubo de veículos em regiões dominadas pelo Comando Vermelho. “Esse crime gera o dinheiro para comprar a cocaína pura e o skunk puro”, apontou Gustavo.

Juan Roberto Figueira da Silva, o Cocão — Foto: Reprodução/TV Globo
Juan Roberto Figueira da Silva, o Cocão — Foto: Reprodução/TV Globo

A Operação Rota do Rio

A operação foi chamada de Rota do Rio por 2 motivos: pelo uso do Rio Solimões para escoar as drogas até a região central do Amazonas, e porque os entorpecentes saem de lá, passam pelo Centro-Oeste e chegam ao Rio de Janeiro.

Segundo o delegado Gustavo Ribeiro, a rota ganhou importância após o fim das relações entre Comando Vermelho (CV) e o Primeiro Comando da Capital (PCC), em 2017.

“É uma tábua de salvação do Comando Vermelho. Após o racha da Família do Norte, essa rota deu sobrevida ao Comando Vermelho porque tem muita capilaridade de entrega de armas e de drogas”, pontuou.

O delegado Jefferson Ferreira explicou o caminho da rota do Rio. “A droga vem da tríplice fronteira (Brasil-Colômbia-Peru), passando por Manaus, vindo para o Rio de Janeiro, e o dinheiro faz o caminho contrário. No Amazonas, havia a ocultação desse dinheiro de origem ilícita. O ex-prefeito foi beneficiário direto desse esquema”, afirmou o delegado.

Em 2 anos, as facções movimentaram R$ 27 milhões em atividades ilícitas.

Prédio na Avenida Atlântica onde morava um alvo da Operação Rota do Rio — Foto: Jefferson Monteiro/TV Globo
Prédio na Avenida Atlântica onde morava um alvo da Operação Rota do Rio — Foto: Jefferson Monteiro/TV Globo
Polícia cumpre mandado da Operação Rota do Rio em um prédio da Avenida Atlântica, em Copacabana — Foto: Reprodução/TV Globo
Polícia cumpre mandado da Operação Rota do Rio em um prédio da Avenida Atlântica, em Copacabana — Foto: Reprodução/TV Globo

Mandados na favela e no asfalto

Na capital fluminense, um dos endereços visados era um prédio na Avenida Atlântica, em Copacabana. Agentes também foram para a Barra da Tijuca e para o Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio, e para o Fallet-Fogueteiro, na região central — onde houve registro de tiroteio.

Ainda no RJ, mandados foram cumpridos em Armação dos Búzios e em Cabo Frio, na Região dos Lagos.

A polícia ainda não divulgou o que Cocão disse em depoimento. O g1 tenta contato com a defesa do ex-prefeito Chicó.

Fonte: g1 Pará e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 22/05/2024/08:50:41

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